CARRIS DE DESILUSÃO
CARRIS DE DESILUSÃO
Perco-me, nestes carris da liberdade,
Máquina sem carruagens, ou pressão,
Por entre tais linhas de desigualdade
E, tanto mais, distâncias de desilusão.
Foram de ferro, polidos com o tempo,
Percorridos, pressionados, para nada,
Levando e trazendo, pouco de limpo,
Esperanças de vida, alma desgraçada.
Dos sons de pouca terra e seu vapor,
Deslumbram-se restantes migalhas,
De tudo o que deixaram, com amor.
Neste subir da montanha, já fartas,
Seguem estas máquinas, fornalhas
E capazes de explodir, de cansadas.
( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )
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