AH, GENTE, QUE AINDA CONHECI!...
AH, GENTE, QUE AINDA CONHECI!...
Ah, gente, que se diz ser de tão nobre!...
Que é feito dessa vossa alma lusitana,
Vagabundos de pensamento, tão pobre,
Acamados da sociedade, em febre mundana?...
Onde enterraram as garras, que já não encontram,
Sequer a chama do fervor de uma qual revolta
E procurando camas, pelas quais se acomodam,
Sem que nada vos estorve, ou dê a volta?...
Ah, gente, que outrora ainda tão bem conheci,
Naqueles tempos e já distantes, de uma luta
E agora me acordam, dos sonhos em que adormeci!...
Ah, gente, quantos de vocês apodrecem,
Para servirem de estrume a uns filhos da puta,
Cujos vos contam histórias e com as quais adormecem?!...
Manuel Nunes Francisco ©®
Todos os Direitos de Autor reservados e protegidos nos termos da Lei 50/2004, de 24 de Agosto - Código do Autor. O autor autoriza a partilha deste texto e/ou excertos do mesmo, assim como a imagem inédita, se existente, desde que mantidos nos seus formatos originais e obrigatoriamente mencionada a autoria da obra intelectual.