AGONIAS
AGONIAS
Levanto-me e corro à porta,
Sem saber o que fazer,
Num frio da noite, que corta
E numa agonia de morrer.
Oiço crianças a chorar,
Seres tremendo de frio,
Sem nada pra mastigar
E sem água a correr no rio.
Oiço bombas a cair,
Vejo ruas com escombros,
De tantas casas a ruir.
Dá-me vómitos ver corridas,
Crianças levadas aos ombros,
Em sangue, de tão feridas…
( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )
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