Esta noite farei a pausa do guerreiro, Aconchegado à comparsa solidão, Envolvido numa manta de escuridão E sem qualquer candeia que me ilumine!... Olharei o cinzento-escuro deste quarto, Idealizando as estrelas na bruma do céu, Procurando fontes que me saciem, Campos que me alimentem a ilusão!... Pensarei nas tantas lutas em que participei, Todas aquelas e cujas a uma causa me dei, Confrontarei os fantasmas que daí vierem, Mesmo que vestidos de sumptuoso véu!... Esta noite serei a trompete e o pandeiro, Neste confronto nocturno e cujo me define, Tentando perceber quantos me darão a mão, Ou quem me diga que de mim está farto!...
Fui à luta e, com o tempo, estava lá, Na Assembleia, cuja peleja tentou desmoronar, "Soltei vivas e bati palmas" no espaço das galerias, Confraternizando, sem esquecer as amadas, Por quanto são elas os meus soberbos amores, Sempre presentes, no momento de dissabores E quais tanto me brilham aquando necessitadas!... Ainda eufórico, fiz-me ao rumo a novas alegrias E sorri, na prova de quanto vale a pena lutar!... Carreguei pedras para criar barreiras, Vociferei contra sustentadores do sistema, Levantei o punho a tacanha legislação, Chamei infames aos tendenciosos a depravados, Alimentei todo um ambicioso oxalá, Pela esperança de leis não arruaceiras, Sempre ao lado desta viva irmandade!... A batalha foi vencida e pelo melhor lema, Ao fim de anos e em tal contrariedade, Derrubando míseros conceitos de deputados, Restando-lhes limpar o cu às mãos e esfregá-las à parede, Pelo quanto a consciência assim lhes pede E tanto que, por final, foi única a solução!... Desta feita, sustentei o grito pela paixão E por discípulo da mesma turma que sou, Pelos motociclistas, a quem firmei a mão... A aliança foi quanto a vitória precisou!...
A escuridão é parceira da lucidez, Cúmplice do pensamento, Rebuscando um qualquer momento, Nem sempre pela solidão... A mais mentora da fiel razão!... É guia solitária a quanto a vida nos fez, É amiga de insólitas profecias, Fuga à regra a tantas tropelias, Sinónimo de um abrir os olhos, Panaceia aos mais inertes sonhos!... São esses, os momentos de escuridão, Que nos iluminam os diversos tempos E dos mais amplos, Que nos concebem o ódio, ou o perdão, São, na nossa busca, a rosa-dos-ventos, A Estrela Polar dos adventos!... A escuridão é clarão da sensatez, Os ouvidos de uma diária surdez, Os olhos da luz que não se vê, A desconhecida verdade na sua nudez, Pelos parâmetros de qual altivez, Preparação ao dia que se antevê!... Pelo que ninguém se agarre só ao dia, Na ilusão de alvorada a quanto bucólico E que a escuridão é chafariz melancólico, Pois a noite tem o condão de melodia!...
Redes sociais, o que valem e são!?... Cinco minutos de fama da maioria, De uns enganados mentecaptos, Na sua inteligência pouco aptos, Borregos, sem merecerem tosquia, Seguidores a quem lhes dá razão!... Tais redes sociais são tão pobres, Até mesmo aos pensados nobres, Pelos supostos minutos de fama, Em que todos chapinham na lama, Mas que não passam disso mesmo... Substância desnutrida do torresmo!... Redes sociais são ilusão e desencontro, Criação de quezílias anti-sociais, Por deslavadas conversas banais E na condução ao confronto!... Mas é isso que tais escondem, Para o qual foram programadas, Para um quanto lucro na desordem, A que multidões são destinadas!... Assim, sejam inteligentes por natureza, Seja nas descritas, ou Inteligência Artificial, Não demonstrando qualquer fraqueza, Pelo que a inteligência é pura e substancial, Sejam pobres, mas nobres nessa disputa E mandem foder imperiosos filhos da puta!...