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A MINHA GERAÇÃO

Gerações.jpg

A MINHA GERAÇÃO

A minha geração já é árvore que seca,
Olhando o horizonte em sol-posto,
Numa terra que tanto lhe peca,
Com um tronco de tão suposto!...

É sólida geração e de tamanha luta,
Concreta passagem de convulsões,
Acorrentada ao legado que disputa
E certo transbordar de desilusões!...

Límpida geração de controvérsia,
Sobrevivente de fortes emoções,
Obreira da quanta e sua fantasia,
Entretanto exonerada de funções!...

Ah, interminável querela de gerações,
Por campos de ambas e demais pisados,
Em que uma se blasona de soluções,
Ao que a outra lhe são os olhos vendados!...

Porém, tal geração já vem do profundo,
Viu, aprendeu e à procedente ensinou,
Conseguiu fender caminhos ao mundo
E arar terras em que a outra germinou!...

Pena, que a minha geração comece a findar,
Vendo o ocaso em cores de certo cinzento,
Não por desconhecer os tons com que lidar,
Mas porque a hora é o tempo do momento!...

Novas gerações virão, todas elas partirão
E sempre defendendo as suas opiniões...
Porém, compreenderem-se, poucos o saberão,
Sobrando mais os conflitos que as razões!...

Bem-hajas, abençoada geração de oiro,
Aplausos, por tanto aquilo que elevaste,
Vade retro quanto e qualquer agoiro,
Seja de monumento o que me ensinaste!...

Manuel Nunes Francisco ©®
Todos os Direitos de Autor reservados e protegidos nos termos da Lei 50/2004, de 24 de Agosto - Código do Autor. O autor autoriza a partilha deste texto e/ou excertos do mesmo, assim como a imagem inédita, se existente, desde que mantidos nos seus formatos originais e obrigatoriamente mencionada a autoria da obra intelectual.

PÁTRIA E LÍNGUA...

A minha pátria é o Mundo....jpg

PÁTRIA E LÍNGUA...

A minha pátria é o mundo,
Qual materna língua o vento,
Cujo me afaga o pensamento,
No tão concreto e profundo,
Vivendo na fé da Natureza...

A minha política é a certeza,
Tão-pouco arrasto terra nas botas,
Da lama que outros pisam
E há correntes que ponho comportas,
À merda que nelas deslizam!...

Vivo pela minha maneira de ser,
Contra aquilo em que esbarrar
E no qual me tentem adormecer...

Pois, nunca embalei em cantigas,
Odiando relógios para despertar,
Em obra de peculiar tecto e vigas!...

Manuel Nunes Francisco ©®
Todos os Direitos de Autor reservados e protegidos nos termos da Lei 50/2004, de 24 de Agosto - Código do Autor. O autor autoriza a partilha deste texto e/ou excertos do mesmo, assim como a imagem inédita, se existente, desde que mantidos nos seus formatos originais e obrigatoriamente mencionada a autoria da obra intelectual.

VIAGEM SEM DESTINO...

Viagem sem destino....jpg

VIAGEM SEM DESTINO...

Comecei uma viagem sem destino,
Descendo do meu berço de criança,
Cantando ao mundo esse meu hino
E com letras poéticas da esperança!...

Pesquei os meus sonhos por ruelas,
Em tantas travessas de desventuras,
Caindo e lambendo tantas sequelas,
Dessas feitas e peculiares aventuras...

Mitiguei confusões, seguindo trilhos
E tropeçando em quantas das pedras,
Olhando todo o abismo de caminhos,
Mirando, por perto, camufladas feras...

Atravessei cruzamentos, por paixão,
Tendo, como partida, certas ilusões,
Feito rotundas de tantas convulsões
E por meta as tábuas do meu caixão!...

Por tal destino, eis aquilo que resta,
Ao que meu horizonte se aproxima,
Sobrando, por certo, aceitar a festa,
Das poeiras que pairam ao de cima!...

Manuel Nunes Francisco ©®
Todos os Direitos de Autor reservados e protegidos nos termos da Lei 50/2004, de 24 de Agosto - Código do Autor. O autor autoriza a partilha deste texto e/ou excertos do mesmo, assim como a imagem inédita, se existente, desde que mantidos nos seus formatos originais e obrigatoriamente mencionada a autoria da obra intelectual.

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