Perdi tal fé na humanidade... Finco-me de lobo solitário, Perro da pradaria, raivoso, Pela imensidão da verdade, Contra o injusto planetário E de pensamento tenebroso!... Da humanidade sou espelho, Contraluz ao qual venderam, Em dobro e troco reforçado, Ao mundo que me esguelho, Pelos venenos que me deram E por meu pranto obstinado!... Qualquer santidade não tenho, Nem tão-pouco a interesse ter, Pois, que me deixei de ilusões, Pela revolta, a qual mantenho, Cuja e até ao final se irá suster, Pelas minhas soberbas razões!...
Com a vida aprendemos, Essa ilustre universidade, A tamanhos nossos erros E na maldade dos outros!... Separamos o trigo do joio, Em colheitas de encontros, Por aquilo a que vivemos, Sabendo o erro da vaidade, Falando calmo, sem berros, Embora por força de touros E romantismo de comboio!... É essa vida que nos ensina, A altos e baixos da calçada, Numa inteligência menina, Como aves em debandada, Fugindo a quantos perigos, Cagando em falsos amigos, Escola, que da vida nasceu E cujo teste não esqueceu!... Pobre e quem não aprende, Sem coragem a seus louros, Com a vida que lhe prende!...