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ESTE MEU DESTEMIDO NOJO...

Este meu destemido nojo....jpg

ESTE MEU DESTEMIDO NOJO...

Sabem, há certo nojo e que em mim se entranha,
Contra a demais nojenta sociedade envolvente,
Hipócrita, egoísta, vendendo bíblias de patranha,
Mas nenhum equiparado livro de quão decente!...

Era bom que tivessem um delicado entendimento,
Deixando-se de lamúrias, em criticas incendiadas,
Fazendo do peito tambor, a tão falso sentimento,
Em mascaradas virtudes, por palcos de palhaçadas!...

Sabem, conheço os vossos traços de tão escárnio,
Humildades do mais podre e pelos piores esgotos,
Sorrisos encobertos, cinzentas nuvens de invernio...

E, assim, sinto nojo, naqueles vómitos arrepiantes,
Ouvir-vos e descodificando tal falsidade de rostos,
Nos quais se disfarçam, como tantos comediantes!...

Manuel Nunes Francisco ©®
Todos os Direitos de Autor reservados e protegidos nos termos da Lei 50/2004, de 24 de Agosto - Código do Autor. O autor autoriza a partilha deste texto e/ou excertos do mesmo, assim como a imagem inédita, se existente, desde que mantidos nos seus formatos originais e obrigatoriamente mencionada a autoria da obra intelectual.

TAPETE VERMELHO

Tapete vermelho.jpg

TAPETE VERMELHO

Aplanem as diversas estradas,
Estendam-me o tapete vermelho,
Aos meus trajectos e entradas,
Pelos quais tanto me espelho...

Não sigo cartas, nem cartilhas,
Tampouco canídeos à solta,
Não sou animal de matilhas,
Cujos comem à minha volta!...

À minha e de tantos mais,
Que nem os ossos nos deixam,
Tamanha seita de animais...

Porém, bichos de outra monta,
Que todo o tempo se queixam,
De quantos lhes sejam afronta!...

Manuel Nunes Francisco ©®
Todos os Direitos de Autor reservados e protegidos nos termos da Lei 50/2004, de 24 de Agosto - Código do Autor. O autor autoriza a partilha deste texto e/ou excertos do mesmo, assim como a imagem inédita, se existente, desde que mantidos nos seus formatos originais e obrigatoriamente mencionada a autoria da obra intelectual.

REZAS E MISSAS

Religiões.jpg

REZAS E MISSAS

... Se alinho em rezas, ou vou à missa!?
... Foda-se, "Deus me livre e castigue"!
... Não sou alma submissa,
Tampouco pecador que mendigue!...

Reza, seria-me um martírio,
Missa, tamanho sacrifício!...
Não sou corrente de tal delírio,
Preferindo real ofício!...

Nem tampouco gosto de gente falsa,
Carneiros, ouvindo quantas falsidades,
Dançando, a tais compassos de valsa!...

Não bato palmas a doentias palhaçadas,
Apregoadas culpas ao apontado Hades,
Sacudindo das costas culpas alcançadas!...

Manuel Nunes Francisco ©®
Todos os Direitos de Autor reservados e protegidos nos termos da Lei 50/2004, de 24 de Agosto - Código do Autor. O autor autoriza a partilha deste texto e/ou excertos do mesmo, assim como a imagem inédita, se existente, desde que mantidos nos seus formatos originais e obrigatoriamente mencionada a autoria da obra intelectual.

GOSTO DAQUELES...

Gosto daqueles....jpg

GOSTO DAQUELES...

Gosto daqueles que falam verdade,
Que sonham como os poetas,
Que não morrem de ansiedade,
Nem largam lágrimas pelas valetas!...

Gosto de amigos que me critiquem,
Que me digam tudo o que não gosto,
Não aqueles que nas costas me piquem
E sorrindo, a medo de meu desgosto...

Esses são mestres de mau agoiro,
Traidores, sempre que lhes dê jeito
E cujos se dizem pináculos de oiro!...

Gosto de quem me aponte o dedo,
Pois sei estar longe de ser perfeito
E da pura verdade nunca tive medo!...

Manuel Nunes Francisco ©®
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MUNDO SEM SOLUÇÃO...

A natureza humana VII.jpg

MUNDO SEM SOLUÇÃO...

Ah, este mundo, no qual a razão é estéril,
Terra áspera e bravia, sem menor solução,
De gentes secas, vazadas de sentimento,
Bebendo do que resta, em tamanha ilusão,
Numa mão o ódio, pela outra o projéctil,
Fechando os olhos a qualquer sofrimento!...
Universo mesquinho este, sem volta a dar,
Num seu mais profundo contorcionismo,
Não de sua vontade, mas dos seus filhos
E cujos a si próprios se teimam enganar,
Por todo e quanto surreal malabarismo,
Falsas corridas e tropeçando nos atilhos!...
Ah, pobre Terra, tu que nos viste nascer,
Que será feito de ti, por tempo vindouro,
Num caminho das trevas, espaço a arder,
Lanças, canhões, pelo que armas são ouro,
A que nada mais interesse, senão ganância,
Enquanto luz, paixão, são mera ignorância!?...
Rios, oceanos, montes e vales, belas serras,
Tudo se tornou abstracto e sem um sentido,
Pelas mais diversas rotas dominam as feras,
Sequer importe tal rancor por desmedido,
Se esquecem os mais velhos amigos, irmãos
E nos seus problemas cada um lava as mãos!...
Ah, pedaço de chão, em teu cosmos perdido,
À espera desse profético e repentino apagão,
Em que nem o vento soprará, de tão vencido
E cada qual manipulando as tábuas do caixão,
Chorando por leite derramado, na despedida,
Pagando a factura da sua longa conta pedida!...

Manuel Nunes Francisco ©®
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SERENIDADE ENCONTRADA

Serenidade... I.jpeg

SERENIDADE ENCONTRADA

Na sua chamada serei sereno,
À paz finalmente encontrada,
Nos lençóis de uma madrugada
E por tal viagem de seu aceno...

Partiremos juntos, de mão dada,
Por esse caminho declarado,
Rumo ao ponto, fundo da estrada,
Nesse percurso tão emancipado...

Desse Paraíso não iremos retornar,
Qual o esplendor aí encontrado,
Jardins, os quais iremos desfrutar...

Ameno, ao encontro que tivermos,
Na nova brisa do vento soprado,
Braço dado, no passeio que dermos!...

Manuel Nunes Francisco ©®
      - Imagem da net -
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PRISIONEIRO...

Prisioneiro....jpg

PRISIONEIRO...

Serei prisioneiro de mim próprio,
Do meu pensamento, deste feitio,
Podendo levar-me ao tão inglório,
Porém, nunca escravo a senhorio!...

Serei prisioneiro deste Universo,
Dono de mim e em quem confio...
Não de reles seres, sem confesso,
Cujos a marés, oscilando pelo fio!...

Serei prisioneiro a qual adopção,
Confesso orador e quão ouvinte,
Aos que oiçam a minha confissão...

Sem que seja refém de alguém,
No meio de oiro e feito pedinte,
Em que eu sequer seja ninguém!...

Manuel Nunes Francisco ©®
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