A MINHA RAZÃO
A MINHA RAZÃO
Se tenho razão, ou não!?...
Pouco, ou nada, me importa!...
Não quero que tal me dêem,
Tão-pouco que alguma tirem,
Entro na razão à minha porta,
Não naquela que outros vêem...
Quantos não entrarem que se pirem!...
Questiono qualquer, cujo a terá...
Quem a tem, ou qual a vende?...
Havendo sempre um senão,
Perante tamanha confusão,
Se na razão que cada acende,
Ou naquele de quem será!...
Para mim, tal nasceu comigo,
No ventre que me deu ao mundo,
Alimentada pelo umbigo
E no meu querer profundo,
Este único e muito peculiar
E sem que o queira mudar,
Dono deste meu nobre ser,
Sem que me deixe adormecer,
Por razões de fantasias,
Em desembarque de acrobacias!...
Assim, fiquem na vossa razão,
Que na minha razão eu fico,
Em calças nas quais me estico!...
Manuel Nunes Francisco ©®
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