HOMENAGEM A AMERÍNDIOS...
HOMENAGEM A AMERÍNDIOS...
Seguindo um qualquer caminho,
Não andes à minha frente,
Pois posso não te querer seguir,
Tampouco sigas atrás de mim,
Pelo que posso andar perdido,
Segue, sim, ao meu lado,
Como companheiro da viagem...
Porém, nunca sejas feroz,
Numa compra de miragem,
Àquilo de que não sou dono
E, assim, não te posso vender,
Terras, rios, montanhas, ribeiros,
Todas as árvores mais frondosas,
Até os mais simples pinheiros,
A água das fontes, a correr,
A sombra das rochas, que me dão sono,
A sinfonia das cascatas, melodiosas,
Correndo, em turbilhão, até à foz,
Por entre margens a sorrir
E eu para aqui ficando assim,
Neste Universo que não é meu
E sabendo que não é teu,
Na maior certeza de ser nosso...
E, acordando de repente,
Num mundo abandonado,
Rocha, num cosmos esquecido,
Eu, cada vez mais sozinho,
Sigo uma viagem de tal remorso!...
Faço vénias, a intelectos nativos,
A tribos e caciques esquecidos,
De qual continente além-mar,
Cujos cavalgam neste pensar!...
Manuel Nunes Francisco ©®
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