Quando um dia morrer, Precisarei de quantos me choraram, Me amaram e até odiaram, Para que os possa recolher, Nesse além, para onde vou partir, Na ideia de os acolher, de braços abertos, Pelas areias desse infinito, ternos desertos E última morada de onde ninguém vai sair... Portanto, não precisam de qual despedida, Pois que será o princípio dos princípios, A saída do Inferno e de hospícios E o discutir de quanta nova vida!... Estarei à vossa espera, magistralmente, Com trompetes, piano e esplendorosa sala de dança, Mesas coloridas, para tamanha festança, Naquilo que nunca tiveram no consciente... Tampouco na parca vivência por este mundo, No qual tudo imaginaram possuir E ao que outros nunca deixaram usufruir, Levando tudo para esse buraco profundo!... Quando fizer essa derradeira viagem, Não pretendo qualquer pena de mim, Tivessem-no feito, enquanto fui flor de jardim E não nesse momento, no qual já só miragem!...