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NO SILÊNCIO DA NOITE II

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NO SILÊNCIO DA NOITE II

Entrego-me ao silêncio da noite,
Ouvindo as suas palavras e conselhos,
Sem qualquer vergastada, ou açoite,
Escutando novos e lembrando os velhos...
Pelo rasgar da madrugada oiço os gritos,
Tal pulsar ofegante de outras noites,
Horas rasgadas e quantos minutos aflitos,
Pela chegada da manhã e seus afoites...
Levanto a cabeça, pelas estrelas,
Confesso-me aos cometas que passam,
Sozinhos e livres, sem quaisquer trelas,
Seguindo sonhos que não me alcançam!...
Porém, sonhando, escutando a escuridão,
Enquanto o amanhecer vai chegando
E me transporta a mais um dia de solidão,
Cozinhado de penumbra, em sol brando...
Vendo-me aos destinos do meu caminho,
Na compra de algo que me alimente,
Continuando por atalhos, em frente e sozinho,
Pois que os sonhos se colhem pra frente!...
Quando o Sol se esconder, ouvir-te-ei de novo,
Noite sincera e amiga, que comigo bailas,
Pelos palcos do silêncio em que me movo,
Mas aprendendo em tudo o que me falas!...

Manuel Nunes Francisco ©®

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Todos os Direitos de Autor reservados e protegidos nos termos da Lei 50/2004, de 24 de Agosto - Código do Autor. O autor autoriza a partilha deste texto e/ou excertos do mesmo, assim como a imagem inédita, se existente, desde que mantidos nos seus formatos originais e obrigatoriamente mencionada a autoria da obra intelectual.

MINHAS DEAMBULAÇÕES...

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MINHAS DEAMBULAÇÕES...

Perco-me em deambulações e por pontos cardeais,
Percorrendo estradas, montes, bebendo de fontes,
Em sonhos, no desejo que esses se tornem de reais,
Olhando o céu, cumes e os rios, terras e horizontes...

Esqueço-me da vida terrestre, olhando os pássaros,
Todo o frenesim de um bater de asas e bem no alto,
A liberdade selvagem dos animais já de tanto raros,
Pois um novo animal lhes retira o espaço de assalto...

A magnificência de circularem por terras tanto suas,
Pelo que o mundo foi feito em semelhantes direitos,
Mesmo que por caminhos e funções quão diferentes...

Porém, não se é superior só porque idealizamos ruas,
Contruímos betão, úteis telhados e belos parapeitos,
Aeronaves, esquecendo tais animais e descendentes!...

Manuel Nunes Francisco ©®
Todos os Direitos de Autor reservados e protegidos nos termos da Lei 50/2004, de 24 de Agosto - Código do Autor. O autor autoriza a partilha deste texto e/ou excertos do mesmo, assim como a imagem inédita, se existente, desde que mantidos nos seus formatos originais e obrigatoriamente mencionada a autoria da obra intelectual.

SOMBRAS DO PASSADO...

Campos do Alentejo VI.png

SOMBRAS DO PASSADO...

Amigos, velhos e novos, cá estou eu,
Neste meu cume da minha idade,
Lembrando quem nunca me esqueceu
E aos quais deixo a minha saudade...
Percorrendo as luzes de outrora
E quantas das vezes às avessas,
Candeias acesas de melhor hora,
Por campos, cidades e travessas!...
Assim me sento sob o luar, a meditar,
Olhando as estrelas de outros tempos,
Recordo os rastos deste meu matutar,
De viola ao ombro por esses campos...
Percorro os caminhos do passado,
Mas sempre separando os trilhos,
Lembrando certo pastor e seu cajado
E crianças brincando nos seus brilhos!...
Lembro-me do pastoril e dos montes,
Dos sobreiros que me davam sombra,
Do bornal, do tarro e das fontes,
Por quanto sonho que me sobra...
Relembro os meus tempos de jovem,
Decifrando as belas searas doiradas,
Pelas quantas horas que se movem
E de tão belas tardes encontradas!...
Com este meu Alentejo fiz um pacto,
De um dia aqui voltar e aqui morrer,
Que foram promessas e de meu acto
E futuras manhãs que me vão querer...
Entrego-me ao presente, como ferro,
Por esta imensidão que me viu crescer,
Em que me delicio olhando um cerro
E pelo horizonte o Sol a desaparecer!...

Manuel Nunes Francisco ©®
      - Imagem da net -
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