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SÊ O MEU AVIÃO...

Sê o meu avião....jpg


SÊ O MEU AVIÃO...

Deixa-te ser o meu avião,
Dando-me asas no teu voar,
Deixa-me perder a noção,
Do espaço do verbo amar!...

Olha-me de cima, planando
E aterra sobre o meu corpo,
Faz-te à pista, sobrevoando
Todo o quanto é meu campo...

Abre essas asas e vem sonhar,
Entrelaça o teu sonho ao meu,
Entregando o que tens pra dar...

Faz-te aos céus, em bel-prazer,
Recebendo o meu voo, tão teu
E esquece um qual outro afazer!...

Manuel Nunes Francisco ©®
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Todos os Direitos de Autor reservados e protegidos nos termos da Lei 50/2004, de 24 de Agosto - Código do Autor. O autor autoriza a partilha deste texto e/ou excertos do mesmo, assim como a imagem inédita, se existente, desde que mantidos nos seus formatos originais e obrigatoriamente mencionada a autoria da obra intelectual.

TODO UM CIRCO BEM MONTADO...

Palhaços aos montes III.jpg

TODO UM CIRCO BEM MONTADO...

Eis que este circo continua,
Com burros vibrando de espanto
E imensos arlequins pela rua,
Saindo de qualquer canto...

Os animais dançam na arena,
Enquanto palhaços batem palmas,
Cada qual com a sua cena,
Seja eufóricos, ou nas calmas...

Oferecem-se bilhetes de borla,
Para que ninguém fique de fora,
Neste espaço plantado à orla...

É tamanha a prometida fanfarra
E a ignorância de quem a decora,
Com tais espectadores sem garra!...

Manuel Nunes Francisco ©®
      - Imagem da net -
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PENSAMENTOS QUE SE VENDEM...

Pensamentos que se vendem....jpg

PENSAMENTOS QUE SE VENDEM...

Há quantos, demasiados e cada vez mais,
Bois, sentindo-se bem, agarrados pelos cornos,
De canga às costas, renunciando dizer ais,
Seguindo caminhos e de pensamentos mornos...

Olham em azedume e soslaio, os demais,
Não se cansando do carrego que lhes colocam,
Afirmando que são os outros uns animais
E lá seguem por tais trilhos em que se trocam...

Vivem nas suas ilusões e de quantos disparates,
Verdades que apregoam e tanto dizem certas,
Como castas e honradas putas, nos seus engates!...

Dizem-se virgens por pensamento e sendo sérias,
Tomando injecções entre curvas e tantas rectas,
Fazendo-se crer puras e nunca as piores galdérias!...

Manuel Nunes Francisco ©®
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PALAVRAS AO VENTO...

Palavras ao vento... I.jpeg

PALAVRAS AO VENTO...

Palavras, sopradas ao vento,
Numa doutrina que sustento,
Mesmo que o tempo as leve,
À morte de quem as escreve...

Brisas, percorrendo tal espaço,
Semeando as noções que faço,
Ao longo de alguma extensão,
Mesmo que sem compreensão...

Sementes, escrita, no seu valor
E tanto seja numa tempestade,
Como se em regas de calmaria...

Quer morram, ou em esplendor,
Porém, que soprem na verdade,
Às intempéries de quem as cria...

Manuel Nunes Francisco ©®
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CULPADOS E INOCENTES...

Eu denunciei....jpg

CULPADOS E INOCENTES...

Entre culpas e culpados,
Andarão sempre inocentes
E que serão enforcados,
A que na prisão não te sentes...

É a justiça dos mais fortes,
Contra aqueles que são pobres
E entregues às suas sortes,
Para que a justiça não cobres...

Toda a canalha ficará de fora,
Dos muros a que pertence,
Pois nasceram em boa hora...

Coitados dos desafortunados,
Pagando por quem os esquece,
Numa justiça de endinheirados!...

Manuel Nunes Francisco ©®
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LADRÕES, DOUTORES E BANQUEIROS...

Ladrões, doutores e banqueiros... I.png

 

LADRÕES, DOUTORES E BANQUEIROS...

Ah, como concreta e certeira razão tinha Camões!...
"Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades"...
Enquanto hoje escreveria, "mudam-se os ladrões",
Pois agora são doutores, em desfile de vaidades!...

Não tenhamos a menor dúvida e se tal houvesse,
Com quantos banqueiros e governos, num apoio,
Nada que Camões, nas escritas, tal não soubesse,
Homem e alma do tempo, entre sementes e joio...

Desabrocham, tais ervas daninhas, mas protegidas,
Em tempos que as vão semeando, ao melhor sabor
E que nem as intempéries as conseguem vencidas!

Ah, como inteligente escrevia esse pretérito poeta!...
Porém, presente nos nossos dias, em quanto clamor,
Com tantos ladrões em desfile e de forma indiscreta!...

Manuel Nunes Francisco ©®
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VIAGEM DE RECONHECIMENTO...

Viagem de reconhecimento....jpg

 

VIAGEM DE RECONHECIMENTO...

Aprontei um acordo com tamanha águia-real,
Cuja me levasse nas asas, numa volta ao mundo,
Querendo ver tudo aquilo que se apresenta surreal,
Sobre a Terra, num quanto de erro profundo...

E ambos partimos, numa rota sem destino,
Circum-navegando todo este planeta colorido,
Eu, feito de louco, num sonho de menino,
Embora na tarefa a que me havia comprometido...

Subimos, pairámos, picámos o voo e nada foi encontrado,
De Norte a Sul, Este, Oeste e eu sem nada para entender,
Ao que algo muito estranho permaneceu de errado...

E eis que a pobre me confessou tudo o que tanto sabia...
O mundo agonizava e a humanidade não queria saber
E já muito tarde, sem retorno, o homem para tal acordaria!...

Manuel Nunes Francisco ©®
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SOCIEDADE DE COMODISMO...

Sociedade de comodismo... I.jpg

SOCIEDADE DE COMODISMO...

Esta sociedade vive no conforto do comodismo,
Sem preocupações de uma básica filantropia,
Obcecada em todo o seu narcisismo
E querendo abraçar o paraíso da utopia!...

Olham, de soslaio, os demais, mirando o umbigo,
Iludindo-se, em grandes desfiles de passarela,
Largando vómitos, em qual caminho que não sigo,
Porém, enferma gente, escolhendo aquilo que os atropela!...

Tão-pouco acordam, espezinhados no entanto,
Adorando ser reis do sereno masoquismo,
Cantando e rindo, mas arrumados a um canto...

Esta gente, destruidores ao que resta da humanidade,
Proclamam-se de inteligência, mas obedientes ao ilusionismo,
Destruindo a sua e tantos outros, no que resta de liberdade!...

Manuel Nunes Francisco ©®
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GOSTO DE OS OUVIR ZURRAR!...

Tolerância....jpg

GOSTO DE OS OUVIR ZURRAR!...

Gosto dos políticos que temos...
E dos lacaios que os servem!...
Que há burros, todos sabemos,
No nome que ao animal devem!...

Burros e que não pensam, mas falam,
Dizendo aquilo de que nada sabem...
Repetem os sons em cujo os embalam,
Engolindo tudo, naquilo que bebem!...

Gosto, em espanto, de os ouvir zurrar,
Nos mesmos zurros que aprenderam
E em quanto lhes disseram pra soletrar...

Gosto das náuseas que me provocam,
Dos vómitos, que entretanto me deram...
Nos pensamentos e nos quais se trocam!...

Manuel Nunes Francisco ©®
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