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TANTOS LIVROS SAGRADOS

Livros Sagrados.jpg

TANTOS LIVROS SAGRADOS

Talvez que o homem esteja errado,
Estando a necessitar de nova Bíblia,
Outro livro de Torá e novo Alcorão,
Qualquer outro criado Livro Sagrado
E merecido, no meio desta confusão,
Cujos e de quantos, demasiados são!...
Creio que tal Deus se ri de todos nós,
Sendo indivisível, numa una homilia
E pondo à prova a fé de quantos vós,
Fervorosos devotos de tais doutrinas,
Mas só alimentando certos interesses,
Portanto de quantos se enriquecem
E com discursos de quais pantominas,
Anunciado profeta, porém canastrão,
Omitindo história e cujo envaideces!...
Ah, doutrinas, de proféticas religiões,
Sementeira de guerras, de confusões,
Destruidoras do mundo e sem razões,
Inúmeras disputas e diversas regiões!...
Deus e se acaso existente, será único,
Pelo que não sejas cego, nem pudico,
Nunca sigas aqueles que te esquecem,
Sequer leias contos, cujos adormecem,
Nem oiças quantos nada te merecem!...

Manuel Nunes Francisco ©®
      - Imagem da net -
Todos os Direitos de Autor reservados e protegidos nos termos da Lei 50/2004, de 24 de Agosto - Código do Autor. O autor autoriza a partilha deste texto e/ou excertos do mesmo, assim como a imagem inédita, se existente, desde que mantidos nos seus formatos originais e obrigatoriamente mencionada a autoria da obra intelectual.

LINGUAGEM SEM SENTIDO

Linguagem sem sentido II.jpg


LINGUAGEM SEM SENTIDO

Maravilha, termos o conhecimento de falar,
Discutir, numa capacidade filosófica,
Construirmos palavras para o pensamento,
Não zurrando como equiparado jumento,
Ou expressar como outro qualquer animal!...
Sabe-se haver paralelo num diálogo,
Mesmo em seres não nossos parentes,
Com semântica de um diferente catálogo,
Numa construção de outras mentes,
No entanto nalguma análoga lógica...
Porém, nada que se possa comparar,
Nesta plataforma tão abismal,
Pois possuímos termos para o quer que seja,
Mas servindo as expressões de bandeja
E simuladas pelas entrelinhas,
Por tantas outras ideias mesquinhas...
Triste, entretanto, é o efeito conseguido
E por quantos variados interesses vendido,
Levando-me a questionar o seguinte:
Qual a razão, pela qual não nos entendemos?!...
Porquê não somos tal perfeito ouvinte,
Neste Universo, em que todos nascemos,
Na mesma forma nos desenvolvemos
E, portanto, em semelhante morremos?!...

Manuel Nunes Francisco ©®
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INOCÊNCIA QUE PERDEMOS

Inocência que perdemos.jpg


INOCÊNCIA QUE PERDEMOS

Ano atrás de ano, perdemos a inocência...
Deixamos de acreditar na raça humana,
Nalguma quão e evidente clarividência,
Da tão reles sociedade que nos engana!...

Pelos trilhos do tempo pisamos pedras,
Soltas e nalgum caminho feito de areia,
Dificuldades, cujas alimentam as regras
E que, na inocência, sequer temos ideia!...

O tempo vai passando, criamos caparro,
Não muscular, mas muito mais mental,
Sacudindo o que mandam, como barro,
Perante tantos juízos deste vil tribunal...

Com o andamento e o passar dos anos,
Apuramos o conhecimento na verdade,
Cuja nos chega, por esburacados canos,
Ao que a inocência nos deixa saudade!...

Manuel Nunes Francisco ©®
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MISTÉRIOS DA FÉ

Mistérios da fé.jpg

 

MISTÉRIOS DA FÉ

Recordo os meus tempos de fé,
Pois diziam-me mover montanhas,
Servindo-me de cafeína, à ausência de café
E enquanto estudava as suas manhas...
Cada qual se agarra ao que tem,
Em momentos que algo nos falta
E, assim, toda a fé vai e vem,
Sempre que um problema nos assalta!...
Hoje tenho fé, na fiúza que já não tenho,
Em tanto que a crença nunca me deu,
Agarrado à confiança do desempenho...
Portanto, qualquer fé é temporal,
Com a morte anunciada, que mereceu
E de quanta pregação imoral!...

Manuel Nunes Francisco ©®
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TUDO A SEU TEMPO...

Tudo a seu tempo... I.jpg


TUDO A SEU TEMPO...

Nunca destruas, quanto não consigas reconstruir,
Deixando que tal o seja num qualquer final feliz,
Pois o tempo se encarregará de assim o destruir...
Acredita, não sou eu, mas a história que tal o diz!...
O tempo passa, levando tudo no espaço e erosão,
Deixando meramente pó, daquilo que já foi rocha...
Assim, deixa tudo a seu tempo e solta a confusão,
Cuja transportas contigo, sem a luz de uma tocha!...
Decide-te, enquanto há tempo e pouco restante,
Preserva a tua história e qual história dos outros,
De tantos os antepassados e não sejas ignorante!...
Aprende, construindo a tua história para o futuro,
Para que outros a preservem e tantos teus louros
E não sendo somente pedras para mais um muro!...

Manuel Nunes Francisco ©®
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VIAGEM RESERVADA...

Viagem reservada... II.jpg

VIAGEM RESERVADA...

Já reservei o meu bilhete,
Estando em vésperas de partida,
Com lugar marcado no foguete,
Em qual embarcará a vida...
O resto, que dela sobra,
Pois que a viagem está no fim,
Pelo meio de quanta manobra,
Ao que a morte chama por mim!...
Tenho toda a bagagem definida,
– Mas nada levando comigo! –,
Numa mala e já tanto ressequida...
Sei não precisar de passaporte,
Que o controlador é meu amigo
E entendedor dessas coisas de morte!...

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TIQUE-TAQUE DE UM TEMPO

Tique-taque de um tempo.jpg


TIQUE-TAQUE DE UM TEMPO

Peço ao tempo, o que já não tenho,
Tal tique-taque e num fim do trilho,
Deste relógio, já soldado a estanho,
Pra qual já não passo de empecilho!...

Peças frouxas por um qualquer sítio,
Talvez desafinadas, mas resistentes,
Numa ferrugem e digna de hospício,
Mas dando horas, tanto ressonantes...

Ao andamento que resta, peço corda,
Num pouco de afinação nesse tempo,
A que isso não seja bicho que morda!...

Porém o tempo morde e rói um pouco,
Cavando mais um sulco nalgum campo,
Mas que não grito, pois só ficarei rouco!...

Manuel Nunes Francisco ©®
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SEM SENTIDO E COM RAZÃO...

Sem sentido e com razão... I.jpg

SEM SENTIDO E COM RAZÃO...

Escrevo assuntos e sem sentido,
Outros que demais sentido são,
Sem saber se em tal merecido,
Mas sendo por merecida razão!...

E sendo a vida o meu nascente,
Enquanto o dia a enorme fonte
E aquando chegar a luz poente,
Seja à morte que algo apronte!...

Escrevo, garatujo, escarafuncho,
Ideias e cujas aquecem a cabeça,
Mesmo que sendo tema murcho...

E na maioria de tamanha rajada,
Mas nada haja que alguém peça,
Pois não redijo por mão beijada!...

Manuel Nunes Francisco ©®
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MEUS TRILHOS DESBRAVADOS

Meus trilhos desbravados.jpg

MEUS TRILHOS DESBRAVADOS

Percorro quilómetros, um papa-léguas,
Pelo passeio, ou à berma duma estrada,
Por montes e vales, ou entre arvoredos,
Ao que a estas pernas não dou tréguas,
Desbravando a natureza e seus segredos...
Comento umas taralhoucas observações,
Comigo próprio e ao que me julgo louco,
Embora, algumas vezes, com a bicharada
E segredando-lhes algumas inquietações,
Ou ideais, confissões, de tudo um pouco!...
Outras vezes, lá desgasto pneus da mota,
Indo para o asfalto e procurando destino...
Aqui, ou tanto à frente, faço certa pausa,
Sem contar o tempo, pois pouco importa,
Tendo todo o tempo e desde pequenino,
Cujo algum restante o que está em causa...
Portanto, esse entrego-o à Mãe Natureza,
Para que faça dele e de mim, o que quiser,
Agradecendo qual pôr-do-sol e tal beleza,
Dando-me esse tempo que mais merecer!...

Manuel Nunes Francisco ©®
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Caravela ao abandono...

Caravelas quinhentistas....jpg

Caravela ao abandono...

Não gosto de me agarrar ao passado, se fiz bem, ou se fiz mal... e passado é passado, ponto final! Nada me arrependo daquilo que fiz, salvo ter tomado um caminho e do qual me arrependerei, até que a morte me leve a um outro inferno e sendo, ter estado num país de vanguarda, com propostas que não passaram pelo caminho de muitos nativos, quanto mais estrangeiros e refiro-me à minha saudosa Alemanha. Por razões que não vou aqui divulgar, entendi regressar, pelo que, quantas vezes afirmo, deveria ter partido as duas pernas, ou morrido, pelo erro que cometi, regressando a um país que nada me deu, nem me mereceu, o mesmo que a qualquer outro cidadão, me roubou e explorou, num sistema de políticos corruptos e povo que os apoia, os determinados lambe-botas partidários e que ajudam a que este recanto se afunde e sem qualquer salvação possível! Hoje, olhando para esse passado, entendo a razão pela qual se afirma que com os erros aprendemos e que, para aprendermos a nos levantar, primeiro é preciso cair... e quanta verdade, cuja descobrimos, quando já demasiado tarde! Somos um paraíso para os corruptos, alimentados por um povo que nada enxerga, além de praia, futebol e telenovelas, entregue à triste ilusão de sermos os melhores e nada havendo superior a nós, talvez sim, que tenham razão, caso se refiram a hipocrisia, ignorância, falta de Cultura, arrogância e inveja, caminhando num carneirismo e tosquiados por quantos lhes comem os ossos, pois que a carne vai ficando fraca e escassa... Triste caravela, de casco cada vez mais podre, navegando contra as rochas e tempestades, sem areal que lhe acuda!...
Manuel Nunes Francisco ©®

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