Percorro quilómetros, um papa-léguas, Pelo passeio, ou à berma duma estrada, Por montes e vales, ou entre arvoredos, Ao que a estas pernas não dou tréguas, Desbravando a natureza e seus segredos... Comento umas taralhoucas observações, Comigo próprio e ao que me julgo louco, Embora, algumas vezes, com a bicharada E segredando-lhes algumas inquietações, Ou ideais, confissões, de tudo um pouco!... Outras vezes, lá desgasto pneus da mota, Indo para o asfalto e procurando destino... Aqui, ou tanto à frente, faço certa pausa, Sem contar o tempo, pois pouco importa, Tendo todo o tempo e desde pequenino, Cujo algum restante o que está em causa... Portanto, esse entrego-o à Mãe Natureza, Para que faça dele e de mim, o que quiser, Agradecendo qual pôr-do-sol e tal beleza, Dando-me esse tempo que mais merecer!...