Talvez, talvez sim, talvez não!... Vivemos um mundo de talvez, Em que ninguém tem certezas, Tanto e tamanha é a confusão... Somos estórias de "era uma vez", Por compromissos de subtilezas... Iluminados, sem luz, consciência, Velas, mas todas de pavio curto, Derretendo-se por melhor calor E por caminhos do melhor furto, Nadando em rios de ignorância, Mas vendendo ideais em clamor!... Talvez, talvez não, talvez que sim, Sempre em ideias pouco definidas, Quantas das vezes não cumpridas E albardando o asno ao dito dono, Sendo regras ditadas e tanto assim... Que burros pasmam, num qual sono! Talvez, só desta vez, pouco importa... Talvez, amanhã, a sorte bata à porta! Talvez, seja ritual da nova sociedade... Talvez, a mentira seja nova verdade!...
Entra vivo e um tanto farto, Escolhendo o melhor buraco, Como se fosse um quarto, Bem esguio e não em arco... Pouco importa o estar escuro, Entrando feliz e contente, Redondinho e feito um duro, Esfocinhando de repente... Todos pensam e com razão, Em algo demais proibido E de pele bem mais macia... A resposta que tal parecia, Num resultado desinibido, Não é essa, mas um furão!
Como é lindo um cu-de-judas, Na distância de outras merdas E enquanto se vendem ajudas, Consumidas por mentes lerdas... Respira-se o sopro da vontade E sem que nos tentem açaimar, Sentindo-se força na liberdade, Sem qual mordaça pra reclamar!... E que só nos deixam a repensar, Em algo e portanto já não somos, Mas lentamente nos fazendo ser... Animais amestrados, sem pensar, Crentes naquilo que nunca fomos, Quão subservientes, sem parecer!...
Procuro-me na imensidão do universo, Busco em todas as direcções e tropeço, Pois que tantos são os socalcos do trilho E volto atrás, revolvendo tudo ao avesso, Interrogando se há algo demais que peço, Ou se nesta berma o desaventurado filho... Procuro-me por vales, atoleiros, serranias, Mares de tempestades, rios desinquietos, Espaços azuis, repletos de nuvens negras, Com promessas de arco-íris, durante dias E se desfazem como erros de arquitectos, Deixando ao abandono quantas as regras... Procuro-me e não me encontro satisfeito, Sem encontrar a entrada para outro lado, Ao que as portas se fecham num repente, Sem saber se é regra, ou tamanho defeito, Se é uma guerra em que andei desarmado, Ou prisioneiro pela mais robusta corrente... Procuro-me, numa esperança de encontrar, Olho-me no interior e cada dia menos vejo, Não sabendo qual cegueira que me ofusca, Sabendo que, um dia, a busca tem de parar, Portanto que de há muito seja meu desejo, Nesta minha procura e farto de tanta busca!...
... Exaltavam-se os tambores, Vaticinando revolta eminente, Perseguindo-se os impostores, Com o povo correndo fervente!... Elevava-se o orgulho da nação, Pela bandeira de gloriosa data E em quanta tumultuosa noção, Porquanto o grito era voz farta!... Cheirava-se alvoroço pelas ruas E pela mais remota das aldeias, Fervilhando lutas demais cruas... Foram-se tempos de guerreiros, De um vermelho luso nas veias, Sobrando manhãs de nevoeiros!...
Sei da existência do preto e do branco, Continuando, eu, por zona do cinzento, Talvez que seja louco, ou tanto franco, Pois que não só de cores me alimento... Faço as minhas misturas pelos brancos E andando às apalpadelas pelos pretos, Em misturas perfeitas de celestes arcos E espectros de cegueiras e dos espertos... Encaminho-me pelos claros das ilusões E tropeçando em quantas negras cores, Em que as palavras são farsas e sermões... Telas de linho, esquartejadas por raivas, Aguarelas envenenadas, ditadas amores, Águas de Verão e seguidas de saraivadas!...
SEM COMENTÁRIOS, POR FAVOR!... Vou ao restaurante, ou café, tendo que entrar com máscara, açaimado, pois e possivelmente fui o que mordi o cão, depois tirando a mesma e sento-me como um animal ao canto que me destinarem... Tudo bem, pois algum idiota do (des) Governo assim ditou, tanto que sou animal amestrado, – pensam eles! – !! Chego frente ao cabeleireiro, ou barbeiro que seja, perguntando se tenho que usar o açaime para entrar e no interior como será?... O que pretende, barba, ou corte?... Ri-me, no meu interior, pois que não sou tão estúpido como alguns me fazem crer!... Qual a diferença, fazendo-me de idiota?!... Para barba, no interior, não necessita de máscara, mas para corte é obrigatória... FODA-SE, que me estão a passar um atestado de estupidez!... Compreendo a posição dos pobres e que pagam contribuições, mas as BESTAS que lançaram tais leis, vão para o CARALHO, PUTA QUE OS PARIU, ENERGÚMENOS de primeira e gozando com a inteligência de quem a tem!!!!!! Uma coisa é certa, vou comprar uma máquina de cortar o pentelho e, nunca mais na vida, entrarei num barbeiro, cabeleireiro, aceitando toda a razão do medo que lhes é imposto! Sem comentários...