SIMPLES VIAJANTE...
A sociedade, é um poço de infortúnios, bem no fundo e água demasiado poluída, ao que os ignorantes e nalguma esperança, se debruçam!...
Limpam-se às toalhas sujas dos demais, praguejando, mas cada vez mais se esfregando, numa tentativa de afastar a sujeira que arrastam...
Engraxam as botas, para melhor parecerem e antes de qualquer viagem, bilhetes comprados à pressa, num mercado pouco desejável...
Despedem-se e abraçam-se, em sons de fanfarra e até o senhor abade abana as saias, tal a enorme festança e fora de um quanto razoável!
Para findar, pois a caravana já se avista, estão tão enganados à bagagem que me acompanha... pois sou mero viajante e não o cocheiro!...
E os cães ladram, enquanto ela avança, nalgum meu sorriso e nos solavancos da estrada, sobre pedras e curvas, por poeirento carreiro...
E há tanta gente libertando aquele cheiro pestilento, que ao ar livre jamais se notou, mas e que neste confinamento, se torna insuportável!
Penso serem as entrelinhas da revolta e conspiração, de um elemento da sociedade, nalguma busca e simétrico afastamento do indesejável...
( Manuel Nunes Francisco ©® ) ( Imagem da net ) Todos os Direitos de Autor reservados e protegidos nos termos da Lei 50/2004, de 24 de Agosto - Código do Autor. O autor autoriza a partilha deste texto e/ou excertos do mesmo, assim como a imagem inédita, se existente, desde que mantidos nos seus formatos originais e obrigatoriamente mencionada a autoria da obra intelectual.
ESSA ERRÓNEA IMORTALIDADE
Pobre, quem acreditar numa física imortalidade, Por egoísta, avarento, hipócrita, sei lá que mais, Seres que nada merecem e seja qual a lealdade, Numa tamanha arrogância e cujos fins tão fatais...
Triste, aquele que nada vê para além do umbigo, Senhor nos seus erros, cavando tais túmulos reais, Buscando a maior das justiças e talvez por castigo, Mas numa pertinaz esperança a acordos celestiais!
Um dia acordarão, sentados junto à sua sepultura, Sobre a pedra que não merecem, tristes e sozinhos, Olhando para trás, vendo a poeira que ainda dura...
As suas lágrimas serão rios, caudais dum desespero, Recordando tudo o que fizeram, feitos de anjinhos, Nessa sua mortalidade e à qual não foram esmero!...
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VERDADE NA MENTIRA
Tornámo-nos numa saloia sociedade, Em fundamentalismos de ansiedade, Numa hipócrita ideia da eternidade, A que todos se perderam da vontade...
Não porque não seja tão necessário, Mas a que deveríamos ter vergonha, Nesta obrigação e ditado calendário E pelo que até na doença já se sonha.
A memória da maioria torna-se curta, Ao olvidar o percurso da humanidade, Seguindo quais que a sua mente furta...
Sejam conscientes, àquilo que fizerem, Não a reboque de uma incerta verdade E que certa escumalha tal nos querem!...
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ESCALADAS DE SABER
Por cordas de meu saber, Faço escaladas e sozinho E às vezes sem perceber, Ao certo, qual o caminho...
Percorro trilhos ancestrais, Montes e vales, ou jardins, Sem colher flores que tais, Nem fragrância de jasmins...
Não me quero ver perdido, Por caminhos tão agrestes E como diversos pedestres...
Quero e sim, ser decidido, Por escarpas e montanhas, Escapar a quantas manhas!...
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VÓS, QUE SOIS HIPÓCRITAS...
Problema este e filho da puta, Que nunca escondo o que sinto E não sendo quem algo oculta, Por refúgio de que não minto!...
Lançam-me pedras, tanto vãs, Todos tendo telhados de vidro E rastejando por indignas chãs, Arranjando azo ao que sidero...
Quem sois vós, energúmenos E autoritários de meia-tigela, Sem géneros para vã panela?...
Quem vos julgais e tão idiotas, Nalgum pedestal de hipócritas, Num transbordar de venenos?!...
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VIVA A LIBERDADE!!...
Atendendo a alguns comentários e ataques, resta-me salientar e em resposta, que os culpados pela destruição deste e qualquer outro país, serão aqueles que não conseguem enxergar além dos Partidos que defendem, sem a coragem, dignidade, inteligência e moral, de apontar o dedo aos defeitos doutrinários e dirigentes dessas mesmas ideologias, numa tal sonolência, que arrastará todos os demais e sem culpas no cartório!... Pior ainda e incompreensivelmente, esses mesmos definem-se como opositores a qualquer tipo de maçonaria, esquecendo o que lhes ronda a porta e sem que alguma diferença seja relevante!... Assim sendo, VIVA A LIBERDADE!!
( Manuel Nunes Francisco ©® )
LIBERDADE DE SER LIVRE...
Liberdade!!... De que liberdade fala essa tua, Real prisioneiro dessas ideologias partidárias E sempre hasteando essa bandeira pela rua, Seguidor às mais subserviências imaginárias?!...
Liberdade!!... Tu, que andas por becos escuros, Sonâmbulo, injectado de demagogias tóxicas, Inocente e esbarrando contra todos os muros, Naquilo que não passa de barreiras filosóficas!...
Liberdade!!... E não é mais que saber ser livre, Ser único e absoluto, senhor de si e das ideias E, seja qual a circunstância, de nada nos prive!...
Liberdade!!... Doce e meiga palavra universal, Seja qual a língua, raça, estatuto social, etnias, Tão-pouco filtro de cor, humano, como animal!...
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https://www.facebook.com/carlosquintasquintas/videos/2851462898262982/?t=0
CÃES RAIVOSOS
Assanham-se os cães raivosos, Se a plebe anda na rua, Rodeiam-nos na verdade nua E crua, passos de bichos manhosos...
Ladram e rosnam, ao mesmo tempo, Trocam de posição contínua, Esfregam a tromba no melhor trapo E dizem-se comer à míngua...
Mas gordos, que nem texugos, Por corredores dos seus burgos, Roçando-se no conveniente...
E a ralé aceita de contente, Na esperança que lhes sobre algo... Mas e para tal, há que ser galgo!
( Manuel Nunes Francisco ©® ) ( Imagem da net ) Todos os Direitos de Autor reservados e protegidos nos termos da Lei 50/2004, de 24 de Agosto - Código do Autor. O autor autoriza a partilha deste texto e/ou excertos do mesmo, assim como a imagem inédita, se existente, desde que mantidos nos seus formatos originais e obrigatoriamente mencionada a autoria da obra intelectual.
NOTA FINAL ÀS COMEMORAÇÕES PRIVILEGIADAS...
Estes "abençoados senhores", ditos representantes do povo, mentira seja dita, têm tido a esperteza e uma certa inteligência, para voltar e manobrar, esse mesmo, uns contra os outros, sabendo separar, para que melhor e em bel-prazer, puderem dividir: foi com os camionistas, estivadores, enfermeiros, médicos, agora COVID-19 e o que mais virá, depois foi a conclusão a que chegámos... Com este andamento da carruagem, ainda chegará o tempo, talvez já este Verão, em que terão as suas praias vedadas e privilegiadas, enquanto a restante plebe terá que ficar em casa, longe de aglomerações, confinados à sua triste sorte e possivelmente bem-merecida! TRISTES ESTARÃO OS PAIS DA REVOLUÇÃO DE ABRIL E NOS SEUS IDEAIS, PELOS FILHOS QUE DEIXARAM AO PAÍS E NAQUILO EM QUE SE TORNARAM!... ( Manuel Nunes Francisco ©® )