Não faço parte de rebanhos, que não merecem o terreno, muito menos o que nele pastam, Nem tampouco entro em listas de usurários, hipócritas, gente falsa e quantos lambe-botas, Indo aos Domingos à igreja, bater com a mão no peito, qual tresloucado e que tal abundam, Rotulando-se, ao tempo, bons samaritanos, divagando-se bem-fazentes e tais meras bostas!
Afirmo e sem receio de críticas, aquilo a que a liberdade me faculta e tanto me dá por direito, Não escondendo os pensamentos em que navego, sem obrigar a que entrem neste meu barco... Não compro amigos, quem quer que seja, como muitos, que os buscam e se calam a seu jeito, Preferindo a minha sólida solidão, tais espaços de reflexão, que outro qual e simples charco!
Se alguma vez me chamam de devedor à inteligência, talvez seja o quanto se miram ao espelho, De quão hipócritas, egoístas, empurrando tudo com a barriga e espetando a cabeça pela areia, Arrogantes e tão estúpidos, que, na sua maculada inteligência, tão-pouco aceitam um conselho!
E não que necessariamente sigam os meus, singelo e alcunhado profeta das desgraças da nação, Mas de quantos a mim súperos, esses com os quais também aprendo, desviando qual falsa teia, Pois que, de tão burro, como certas bestas afirmam, nunca será demais perder dissonante razão!
Certo é, havendo quem já tal dizia: "Se soubesses o que custa mandar, Preferias toda a vida obedecer"... Pois assim é, numa quanta sabedoria E em quanto houver para aprender, Que até para mandar é preciso saber, Naquilo ao que tal obriga a bem falar E para quem oiça possa compreender! Para mandar, basta possuir o poder, Mas possuindo poder de o saber fazer, A mestria nata, de quem a transporta, Não importa se protegido e abastado, Ou se pobre e na riqueza que importa, Sobretudo mandar sem olhar de lado!... Nessas palavras e que alguém afirmou, Falou-se a verdade, cuja história ditou!...
Hoje acordei num sonho... Que num futuro milenar, Uma língua seria Universal E as actuais puros dialectos. O homem será entendimento E as raças serão o arco-íris, Das nações, feitas paraísos... As armas calar-se-ão, obsoletas E peças soltas de museus, A humanidade não será crente, Sendo, em si, o próprio Deus E assim se farão os milagres, Num profético sentimento... Toda a guerra será ancestral, Pelo que as minhas mãos ponho, Por todo este meu sonhar, Nestes momentos tão agres E sonhando sempre em frente, Numa quanta rima de afectos.. Banidas serão as bestas E os ódios serão sorrisos, Pela mão de Ísis, esposa de Osíris...
No Estado de Emergência a que chegámos, só me resta o apelo que o povo saiba provar o mínimo de civismo, compreensão na obediência e que o (des)Governo saiba limpar as mãos à parede, da merda que fez, pois que, enquanto ainda só tínhamos uma fogueira, em nada teve a ousadia, a competência que lhe era devido, chamando os "bombeiros" e que, só após ter todo o país a arder, – então sim! –, viu-se obrigado a recorrer a todos os "meios aéreos", para que salvasse o que ainda restava. Que os portugueses provem o que tal (des)Governo não provou, sendo compreensível, acatando as devidas ordens e para bem de todos, não pela multa, ou prisão, mas pela decisão moral, tendo a oportunidade, na altura certa, de condenar quem falhou e não me referindo a decisões de votos, mas apontando os dedos e condenando os culpados!... VIVA PORTUGAL E TODOS OS PORTUGUESES QUE O MERECEREM!
Hoje e como outras vezes, fui às compras, já preparado para o que desse e viesse... O açambarcamento decorrente de géneros, deu origem ao caos e algumas roturas de stock (estrangeirismo!), o que leva a referir-me e cada vez mais, à razão pela qual, – já demasiadas vezes! –, a vergonha e incómodo de ter nascido português, pois que e sendo nestas alturas, se observa o quanto somos um povo egoísta, falso e desorganizado, passando a vida a afirmarem-se como exemplares, simpáticos, amigos do seu semelhante e de terno coração, crentes em Deus, – cometendo os sete pecados mortais! –, a que, ninguém e ao cimo da Terra, nos será igualável, mas vendendo sentimentos, comparando-se a demais e dizendo que os nórdicos são de coração frio, enquanto "não basta parecer, mas ser", como a mulher de César... Ontem, fiquei "pior que urso", – piurso! –, quando um dos meus filhos, tendo ido às compras, pois que a encomenda feita no Domingo, via "Online", só estaria pronta para entrega, segundo uma mensagem electrónica, no dia 8 de Abril, – sim, imaginem e leram correctamente! –, 08.04.2020 e, qual foi o espanto, tendo carregado o carro de compras com duas pequenas embalagens de papel higiénico, – 2 embalagens pequenas! –, com mais nas prateleiras, quando foram a pagar já só tinha uma, pois que, a outra, alguém, – possivelmente com diarreia mental! –, se tinha feito à embalagem, enquanto observavam qualquer outro produto de necessidade... São esses, de certeza absoluta, na maioria, que lambem o cu e as botas, aos nossos (des)Governantes, – não estou a dizer este (des)Governo, mas todos e sem excepção! –, pactuando para que tenhamos atingido uma situação que poderia ter sido evitada, pelo menos minimizada, bastando ter estado atento e aprendido, com o que já era conhecido noutras zonas do Globo, mas preferindo fechar as portas depois da casa roubada. Assim se compreenderá a razão daquilo que tantas vezes tenho afirmado, ter nojo e vergonha de ter nascido neste que poderia ser "um jardim à beira-mar plantado" e não autorizando que algum, dito muito português, se autorize a ser mais PATRIOTA que este revoltado aos ignorantes, egoístas e comodistas, mas sem tal o reconhecerem, por tão incultos que são e em letárgica maioria!... Posto isto, tendo pena de Portugal e de outros portugueses, deixo ao critério de análise toda esta minha revolta, em que cada um interpretará consoante as botas que lambe e os cus que passa a pano!...
Adoro vê-los, em filas de supermercados, Toda esta sociedade, tristemente doente, Que, lá para trás, se gritavam desgraçados Olhando, agora, a pança, a cada ignorante!...
Tão-pouco interessa se outro mais precisa, Havendo que açambarcar o que puderem, Não vá o mundo acabar e amanhã há missa, Abraçando-se, esquecidos de quem ferem!...
Batem com a mão no peito e rezam, loucos, Todos eles, que nunca foram assim poucos, Dizendo-se acreditar em toda a obra divina!...
Dizem-se bons samaritanos, a tal hipocrisia, Caso Deus houvesse, nem tampouco os via E, de tão pecadores, odeio-os por essa sina!...