Nada, nem ninguém, é superior a alguém!.... Muito menos Deus, à sua crente existência!... Tampouco o Diabo, na sua votada aparência!... Salvo a Natureza e a força que nos sustém!...
Nem o dinheiro, somente um bem material!... Comprando mundo e fundos, menos amigos!... Esse cancro da sociedade, rodeio de inimigos!... À excepção da saúde, que nos é tão ancestral!...
Somos pó e em rocha nos iremos desenvolver!... Pedras dos maiores templos alguma vez feitos!... Sendo nós a chave que os abrirá, até desfeitos!...
Nada se levará da ganância, pela hora de partir!... Só restará aquele amigo, cujo se teime despedir!... Quem, como nós, foi a força superior, até morrer!...
Deixo-me abraçar por esta noite, Repousar por entre as mantas, Nesta escuridão que me sente, Ouvindo memórias até às tantas, Neste calor que me percorre, Em chamas, que vale por dois, Nalgum sonho que me ocorre... Aconchego-me por tais lençóis, Deixo-me embalar em segredos E que tantas vezes me contam, Avivando os meus sentidos E como se melodias me tocam. Perco-me a questionar odores E sem entender suas fontes, Deixadas fragrâncias de amores, Que se vão espalhando aos montes, Abrindo portas aos sonhos, A brisas de meigos ventos, Doces pecados e tamanhos, Procurados nos momentos...
Sentei-me e comecei a reflectir... Dei comigo fazendo um esforço, Por nada conseguindo que saísse, Pois que estava tudo emperrado... E dando voltas e mais que voltas, Procurei que algo conseguisse sair, Transpirando água até ao pescoço E não havendo nada que se visse... Estava um pouco empanturrado! Nalgumas pontas um tanto soltas, Sem uma menor hipótese de parir, Levantei-me, na vontade de partir, Limpei os beiços desta sociedade, Que esses sim, falam tal verdade!...
O homo sapiens é isto mesmo: um gerador de conflitos! Com o decorrer do tempo, nem nos tempos, nada parece ter aprendido, nessa sua tão apregoada sapiência, voltando às mais remotas proveniências, inclusive das arenas romanas; talvez e por isso, até os próprios estádios de futebol estão a ser convertidos em tal, com a absurda mudança, por parte de alguns clubes, de nome de estádio para a longínqua designação de arena e talvez com uma certa razão, pois que as lutas de gladiadores e espectadores são diferentes, mas não muito longe do princípio, procurando-se sangue e raiva, assim como um prazer à mistura. O homo sapiens, –se é que tal!–, mantém o mesmo espírito perverso de sempre e de milénios, sendo o único que destrói a natureza das coisas, do Universo, –até tentando mudar os ponteiros do relógio solar!–, mata por simples arrogância e para o qual constrói armas, matando o seu semelhante e a si próprio, caça, nem sempre por necessidade, mas por prazer, disfarçado num desporto e somente mudando os nomes, mantendo os conceitos... É algo genético e para o qual, em nada, representa solução, continuando maldoso, sanguinário, perverso, preconceituoso e em exigências àquilo a que nunca deveria ter direito de o fazer, sendo este o homo sapiens moderno e a que se diz tão evoluído... É fruto de uma árvore de pecado, numa contínua produção de podres frutos!
Vagueio... por qual percurso inventado, Vales, estradas, ou algo não desenhado, Bebendo da fonte de qualquer reflexão... E dou comigo caminhando em contramão!
Atoleiros e encruzilhadas, altos e baixos, Ora acelerando, ou quer de pés cansados, Lá sigo caminho, por trilhos mais obtusos E tentando encurtar outros mais confusos...
Quantos ainda piores, defronte a escarpas, Por desvios, ou seja falha de pensamentos E que nunca mencionados em meus mapas...
O Norte, esse nunca tal darei por perdido, Mesmo que perdendo alguns argumentos, Mas nunca me dando por quanto vencido!