Cada vez me sinto um tanto bruto, Intelectualmente falando, é claro!... E nem sei se estou a ficar estúpido, Ou se, de tal, me andando fazendo! Olho ao redor e questionando tudo, Calado, pois que nada e tal discuto... Já não percebo as gentes que vejo, As mais ridículas e inócuas atitudes, Havendo quem tudo faz em cortejo, Simplesmente de nada entendendo, Num vazio, ao que os olho e reparo, Incrédulo, inerte, senão estupefacto, Às mais de tão esquecidas virtudes E receio de cometer paralelo acto!... Bruto, assim me entendo e declaro, Observo tal mundo, enquanto paro, Sentindo aquele tal nó no estômago E como se ingerido veneno amargo!... Vou-me contagiando de brutalidade, Assim me moldam, em tal igualdade!