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REFÉNS DO BURLESCO

Reféns do burlesco.jpg

REFÉNS DO BURLESCO

É hábito e de certo bom dizer,
Ao que a vida são só dois dias,
Mas sem haver que esconder
Os demais três que esquecias...

Sim e pela conta que Deus fez,
Embora um pouco alternados...
O Carnaval são três, não de vez
E soberbamente comemorados...

O burlesco e divertido Carnaval,
A Páscoa, continuada palhaçada
E a ilusória celebração do Natal...

Pois é, há que pensar mais além
E que nesta vida, quão encenada,
Somos tal arlequim, feito refém!...

( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )
Todos os Direitos de Autor reservados e protegidos nos termos da Lei 50/2004, de 24 de Agosto - Código do Autor. O autor autoriza a partilha deste texto e/ou excertos do mesmo, assim como a imagem inédita, se existente, desde que mantidos nos seus formatos originais e obrigatoriamente mencionada a autoria da obra intelectual.

MOMENTOS...

Momentos... II.png

MOMENTOS...

Há momentos, aqueles momentos,
Em que as horas são minutos,
Ou os minutos são horas...
Há alturas, em que as flores são pedras,
Tantos são os espinhos, as dores,
Ou as pedras são flores,
Em momentos de decisões,
Bastando esmiuçar as razões...
Há os segundos das incertezas
E as certezas nas asperezas,
Por maior que seja a carga,
Em que a vida nos amarga...
Há momentos que são tormentos
E outros que nem tanto são,
Alegrias que serão lamentos,
Por meio de tanta desilusão,
Lágrimas que serão lembradas,
Por entre as mais esquecidas,
Por quantos trilhos de ilusão
E campos que não deram pão...
Há dias, semanas, meses e anos,
Que os momentos são certezas,
Sejam loucos, ou tristezas...
Todos os momentos são desafio,
Por quantos e mais mundanos,
No momento... e o qual confio!

( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )
Todos os Direitos de Autor reservados e protegidos nos termos da Lei 50/2004, de 24 de Agosto - Código do Autor. O autor autoriza a partilha deste texto e/ou excertos do mesmo, assim como a imagem inédita, se existente, desde que mantidos nos seus formatos originais e obrigatoriamente mencionada a autoria da obra intelectual.

PRISIONEIRO DA ESTUPIDEZ

Prisioneiro da estupidez.png

PRISIONEIRO DA ESTUPIDEZ

Sou prisioneiro da estupidez,
De uma circundante sociedade
E entregue na sua nudez,
Despida de quaisquer valores,
Perdida na sua vaidade,
Alimentando-se de rancores...
Vidas fúteis e de inglórias,
Carecidas de nutrientes e sabores,
Pelos "canudos" das glórias,
Recheadas dos piores odores...
Sou cárcere de um todo eu,
Sem qual libertação possível,
Do que um passado me deu,
A um futuro inatingível...
Tentando manter a lucidez,
Por caminhos de desterrados,
Saudades de alguma vez...
E ainda em vida enterrados!...

( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )
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CHAMO-LHE DE PUTA

Chamo-lhe de puta... I.jpg

Chamo-lhe de puta... II.jpeg

CHAMO-LHE DE PUTA

Chamo-lhe de tudo, até de puta!...
Mas se soubessem o sentido
E imaginassem como gosto dela,
Quantas vezes deveras perdido,
Num receio de perder tal luta,
Por entre tamanha escapadela...
Mas ela sabe qual a minha razão
E assim, fiel comparsa, me segura,
Na mais sincera compreensão,
Mesmo que a solução seja dura!...
Esta puta, espelha sorrisos e morde-me,
Espelhando toda a realidade
E, por entre sabores, consome-me...
Agarra-me, numa tamanha vaidade
E não me querendo deixar partir...
Depois, demais entrelaçados,
Acordamos o trajecto a seguir...
E chamo-lhe de puta!... Puta de vida,
A minha e a de tantos desgraçados,
Com uma meta por despedida!...

( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )
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REFLEXÕES

Reflexões I.png


REFLEXÕES

Não sei onde me encontro e que ponto,
Se sou o passado, ou o presente,
Muito menos sei se estou pronto,
Se fique parado, ou siga em frente...

É esta e tamanha, a encruzilhada,
Pontes de um tronco sobre o rio,
De turbulentas águas em corrida,
... Correntes em que não confio!

Não sei se arrisque a outra margem,
Ou se mantenha a segurança desta,
Ao que a vindoura seja miragem...

E nesta insegurança me confronto,
Carregado que nem uma besta
E por anos que perdi o conto!...

( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )
Todos os Direitos de Autor reservados e protegidos nos termos da Lei 50/2004, de 24 de Agosto - Código do Autor. O autor autoriza a partilha deste texto e/ou excertos do mesmo, assim como a imagem inédita, se existente, desde que mantidos nos seus formatos originais e obrigatoriamente mencionada a autoria da obra intelectual.

MÁSCARAS QUE SOIS

Carnaval de Veneza.jpg

MÁSCARAS QUE SOIS

Tenham coragem e retirem a máscara,
Pelo menos uma vez na vida!...
Deixem-se de disfarces nessa cara
E usem de cerimónia sentida!...

Desfaçam-se desses falsos sorrisos,
Mantendo-se fieis a vocês próprios!...
Procurem não ser tão narcisos,
Tampouco carpideiras de velórios!...

Olhem-se, máscaras que tanto sois
E desenganem-se ao que não são!...
Sois carrancas de pretensão...

Cagadeiras, piaçabas de urinóis,
Palhaços, arlequins sem sorte
E tão perfeitos bobos de corte!...

( Manuel Nunes Francisco ©® )
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ESTE QUEM SOU

Este sou eu II.png

ESTE QUEM SOU

Sabem, posso ser um animal,
Mas não a besta que pensam,
Tenho um pouco de racional
E se pensamentos o deixam!...

Sendo matéria pra reflexão
E disso eu imprimo certeza,
Certas vezes em conclusão,
Mas paradigma da destreza.

Sou quem sou e nada mais
E que outro não quero ser,
Parecido a tantos e demais...

Mas defensor da verdade,
Essa que teimam esquecer...
Mas vai deixando saudade!

( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )
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TAL TEIA CHAMADA NET

Tal teia chamada net I.jpg

TAL TEIA CHAMADA NET

Sei o quanto pareço estranho,
Neste debate, partilhado contigo,
A tal questão a que me entranho
E pouco mais haja para extravagar...
"Meu amigo, como deve calcular,
Isso são águas para outros rios
E aqui não é local pra tais correntes"...
Assim sendo, meu curioso amigo,
Por certas andanças seremos frios,
Enquanto noutras envolventes,
Por tais distancias tecnológicas
E sejam quaisquer essas teias,
Mas que nunca se mudem as lógicas...
Reservas nas opiniões, tanto assim
E pelas respostas que anseias,
São, nas redes, segurança para mim...
Não há que fazer muitas ondas,
Tão-pouco quaisquer espumas,
Afastando-me de certas sondas,
Por mais amigo que te assumas!...

( Manuel Nunes Francisco ©® )
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CUSPIR-TE NA CARA...

Cuspir no prato.jpg


CUSPIR-TE NA CARA...

Ah, como adoro escarrar para o chão
E mesmo que só para te não cuspir!...
Dá-me náuseas, todo esse teu pensar,
Essa tua forma de encarares o mundo,
A que me deixas mudo, sem respirar!
Tu e que te dizes crente de redenção,
Que te cruzas na rua, sempre a sorrir,
Fica-te bem o nome de porco imundo,
Pois que qualquer outro não mereces...
Ah, que prazer, se nada me dissesses!
És sovina, usurário, proxeneta, ladrão,
Malevolente, um cancro da sociedade,
Tudo, ao que ainda não te deste razão,
Demasiado preso a essa tua maldade...
Ah, só tenho pena de sujar o caminho,
Quando por ti passo e se não te acerto,
O que lanço da boca, nesse teu focinho
E por quantas vezes passando tão perto!
Então, seria meu dever limpar a calçada,
Sabendo não merecer que seja ultrajada...

( Manuel Nunes Francisco ©® )
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IRMÃOS DO UNIVERSO

Irmãos do Universo.jpg

IRMÃOS DO UNIVERSO

Francisco, porque te pronuncias no ser homem?...
Caso olhes, à tua volta, não será ele um animal?...
Porque batem, tais bestas, com a mão no peito?...
Porque rumam, então e aos Domingos, à igreja?...
Pois, Francisco, são questões que te consomem!...
Compreensões que escapam ao tanto informal!...
Batem e sim, tais falsos crentes e pelo seu jeito!...
Espalhafatam e sem questionar o que mais seja!...
Francisco, tais bestas irão eternamente comungar,
Mas sem a verdade daquilo que andaram a fazer!...
Por tanto sacramento, maior foi tal acto de pecar
E tu, à sua penitência, és quem se anda a benzer!...
Eles, de tão puros e crentes, maltratam os animais,
Mas idolatram-te, por Assis, como pela tua imagem
E sem entenderem que nada mais são que chacais,
Enquanto tu, esse Francisco de Assis, à tua coragem,
Por quanta ousadia, chamaste quais de teus irmãos
E lhes deste de alimento, por qual divina protecção,
Os conduziste até ti, sentindo o corpo às tuas mãos
E partilhando o maior, senão o mais belo sermão!...

( Manuel Nunes Francisco ©® )
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