Que o sangue ferva, nas veias de quem, Miserável, ainda fala mais alto... Nestas minhas palavras, CHE tinha razão!... Ao alto, o grito daquele que nada tem, De quem não se cala e à margem do incauto, De quantos buscam a arma da decisão!... Que o vermelho rubro seja cais de partida, Infinitas viagens por este mundo fora, Em barcos de esperança e de boas novas... Que as guerras, a extorsão, sejam despedida, A fome e miséria partilhem de melhor hora E os facínoras sejam adubo de quantas covas!... Que as artérias rebentem de exaltação, Os suores escorram pela face, em calafrios E que as lutas se multipliquem a cada dia!... E certa canalha seja produto de combustão, As suas gorduras escorram como rios E os restos sejam estudo de anatomia!...
Preocupa-me semelhante trapalhada!... Preocupa-me as saídas em debandada, Almas que tanto sobrevivem à miséria, Secas, que nem um pau e sem matéria!
Preocupa-me o embuste à Democracia, Palavra adorada e de perfeita filosofia, Às declarações dos mais falsos profetas, Espalhando as suas exploradoras tretas...
A quem carrega e tantas vezes no limite, Subserviência a quanto lhes é prometido... Na busca de um cego e burro, que os fite!
Preocupa-me tal aterradora palhaçada, Em todo o encanto e no quanto vendido... Qual regresso à tal neblina amordaçada!...
Ah, pudera eu ser um outro alguém!... E não um qualquer, mas a perfeição, Nunca um senhor da absoluta razão, Simplesmente indo tão mais além!... Ah, quem me dera ser mais que sou!... Ter a mais soberba, víscera sabedoria, Ser argonauta e entregar benfeitoria, Dar ao Mundo toda a água que secou!... Cortar a direito, nunca em contramão, Ser o apóstolo de doutrina esquecida, Sem medo de qual ideia escarnecida, Ser Deus, mas com o Diabo pela mão... Acusação, no profundo do mais Inferno E ouvi-Lo, mas na protecção de Lúcifer, Ao que as chamas não iriam arrefecer, Nem nomes apagados de seu caderno!... E tais seriam escritos de rubro sangue, Caneta, a vermelho, dita permanente, Tinteiro cheio, do corpo ainda quente E de quem por demais tanto exangue!... Ah, se pudesse e tanto mais mandasse, Tal miserável mundo outro rumo teria!... Ah, se estas estrofes fossem protectoria, Ou se a minha escrita quão alto falasse!...
De forma alguma que esteja em desacordo, mas só não entendo porque razão, para casos de pedofilia, violência doméstica e infantil, assim como outros, a lei de direito à denuncia passa a ser efectiva, não sendo posta em causa a sua veracidade e validade e para estes casos é posta de lado, como uma reles enteada?!... Será e só, uma estúpida questão minha!!! Existem aqueles que se escondem com a Constituição, mas e segundo entendo, esta só vale o que dela fizeram e Constituíram, fazendo lembrar a velha desculpa do computador: não foi o funcionário, mas o PC, enquanto este, só vomitou o que lá para dentro despejaram e nada mais! Depois e mais ridiculamente, provando a santa estupidez da maioria deste povo, é porque é intenção atacar o Benfica, o Porto, o Sporting, –sei lá, mais o raio que os parta a todos!–, provando que tal gentalha está mais preocupada com o clubismo, que propriamente com a corrupção e o estado da nação envolvente... O clube, não é a NAÇÃO, antes pelo contrário e em que o clube faz parte dela, enquanto esta sobreviver!!! O Rui Pinto, não será enforcado pelos que denunciou... ele e outros como ele, tentaram a prisão de quantos exploram os demais, mas não serão esses que o irão assassinar, pois que só construíram o cadafalso e montaram o suporte da corda, mas o povo, esse sim, enquanto alguns se riem e sem saber porquê, autênticos palhaços, ao serviço de um circo bem montado, outros irão puxar a corda do enforcamento e como agradecimento ao que tal vítima tentou fazer por tais bestas!... O mundo é assim: um delinquente circo de palhaços e à subserviência de usurários, que nada mais são que ilustres mestres desses masoquistas palhaços!!!...
Ah, este país, à beira-mar plantado, Jardim, pobre, triste e amaldiçoado!... Ah, povo, que, a reboque de sicários, Embalaste em cantorias de canários!...
Ah, esta Pátria, do que resta ao alto, Entregue aos abutres em tal assalto!... Ah, farrapo, de bandeira, desfraldado E tantas as farpas te acertam de lado!...
Outrora glória do mundo e império, Caravelas, ao glorioso desconhecido E feitas ao vento, valor reconhecido...
Hoje feito mesa do maior adultério, Transpirando odores de um carnaval, Prostituído império e tanta imperial!...
Tantos são os parasitas, os corruptos, Que fazer parte já são meus receios!... Tais são os exploradores e bem aptos, A que pouco precisamos de procurar... Andam pelas ruas, a próprios anseios, Prudente praga infinita, a exterminar! Vestem capa de bondade, democracia, Sendo fácil observá-los, esses vampiros, Por recatados cantos, bem disfarçados, Vivendo em apadrinhada arrogância E da inocência, insipiência dos pobres, –A que mais não vêem e infeliz razão, Num submisso trajecto de ignorância–, Convertendo em oiro todos os cobres, Cada qual mais que perfeito e capaz, Que nem o Rei Midas seria tão eficaz!... Nesse saber dizer, nas ideias que dão, Meigas promessas, na irónica sapiência, Principio este meu receio a tal doença, Pandémico vírus e propagado como ar, Resistente a qual da mais divina crença E tanto temo que me consiga abalroar!... Expandem as asas e voam, como abutres, Agora vestidos de branco, feitos de anjos E dissimulados a quantos seus embustes, Enviados pelo Cornudo, aceites arcanjos!...