Enrolo estradas de asfalto E por entre túneis de pinheirais, Com o vento que sopra bem alto E cruzando-me com alguns pardais... Sopros sacudindo a poeira, Que agarrei por esse caminho E a quem chamo de companheira, Sempre que tanto ando sozinho. Fala-me a brisa, ao ouvido E para me manter mais desperto, Para que siga no meu sentido E sem destino de pouco certo... Campos verdes, ou que outros vejo, Em fuga e sempre a meu lado, Que vão correndo a meu desejo, Num ritmo quanto acelerado... Encontramo-nos, lá no certo fim E mesmo que não sabendo onde, Sem um atraso, espera por mim E, por tal, que nunca se esconde. Enrola-se o Sol, com o vento, Fazendo-se de acompanhantes E ouvindo um qualquer lamento, Por aventuras de viajantes. Juntam-se luar e Universo, Com a noite seguimos viagem, Correndo, no sentido inverso E por rotas de outra paisagem. Chegado o momento de parar, Vão-se sonhando outros destinos, Ainda com o motor a vibrar E em que tais planos de meninos...