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RETRATOS DO DIA-A-DIA

Retratos do dia-a-dia.jpg

RETRATOS DO DIA-A-DIA

 

O Sol apresenta-se, resplandecente,
Por entre nuvens, mas nada de mais...
Gaivotas que esvoaçam e pipilam
Enquanto pequenos barcos baloiçam
E no embalar da mãe onda e soberba,
No saltar de qual puto e de contente...
Pequenas coisas, mas tão ancestrais!
Carimbam-se pegadas e sonhos,
No decorrer da extensão do areal,
Esquecem-se alguns factos medonhos,
Do dia-a-dia e da vida tão real...
Trocam-se conversas de pescadores,
Ou de quem passeia, à beira-mar,
Mergulha-se na maresia, seus odores
E que os poetas faz sonhar,
No vai e vem da onda, que tomba.
Observa-se o saltitar dos pardais,
De tantas outras e frenéticas aves
E relaxo nas suas cantorias suaves,
Deixando de lado quantos ais...
Diz-se bom-dia, ou boa-tarde,
Ou, pelo menos, seria nosso dever,
Mas é virtude que já não arde
E pouco faz parte do novo saber!
... E eis que a tarde convida a noite,
O Sol namorisca a Lua
E pobre de quem não se acoite,
Por ser essa a pouca sorte tua...
Por agora, a noite é teu agasalho,
De tão amena a temperatura,
Mas outro retrato fará moldura
E a areia será cascalho,
Que te vincará o corpo,
Embrulhado nalgum farrapo...
O frio e a neve, serão teus carrascos,
Os políticos a tua condenação,
Espremido em prensas de opressão
E o Sol tão fraco, que o esqueces,
A tua alegria será vendida em frascos
E que, à espera da morte, adormeces!...

 

( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )
Todos os Direitos de Autor reservados e protegidos nos termos da Lei 50/2004, de 24 de Agosto - Código do Autor. O autor autoriza a partilha deste texto e/ou excertos do mesmo, assim como a imagem inédita, se existente, desde que mantidos nos seus formatos originais e obrigatoriamente mencionada a autoria da obra intelectual.

 

IMPLORA-SE PERDÃO

Peregrinação I.jpg

IMPLORA-SE PERDÃO

 

Implora-se o perdão de pecados,
Em peregrinação e à luz de círios,
Por tantos e cruéis passos dados
E a demais provocados martírios...

 

E largam-se lágrimas de crocodilo,
Prende-se a respiração, em teatro,
Tornam-se tais espaços num asilo,
Encenam-se peças, em lugar sacro...

 

Esquece-se qual malvadez humana,
Cuja, dia após dia, assombra a Terra
E que nada pensa, senão na guerra!

 

Mas rezam, torturam-se, à loucura
E crentes na incógnita que perdura,
Acusando-me por tal visão profana...

 

( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )
Todos os Direitos de Autor reservados e protegidos nos termos da Lei 50/2004, de 24 de Agosto - Código do Autor. O autor autoriza a partilha deste texto e/ou excertos do mesmo, assim como a imagem inédita, se existente, desde que mantidos nos seus formatos originais e obrigatoriamente mencionada a autoria da obra intelectual.

SEM DESTINO

Sem destino.jpg

SEM DESTINO

 

Descubro um túnel para o outro lado,
Desprendo-me deste corpo
E monto um cavalo alado,
Por desertos em que galopo.
Sinto-me, finalmente, em liberdade,
Sem rédeas, nem ansiedade,
Com todo o tempo do mundo,
Correndo num espaço profundo,
Sem destino e sem horas...
Olho em redor, movendo areias,
Longe daquilo que sejam teias,
Procurando minhas glórias.
Nesse espaço, que atravesso,
Busco a luz, que se aproxima,
Por paredes e poeiras do adverso
E que teimam cair-me em cima...
Brilham as rochas que ladeiam,
Por estradas que serpenteiam,
Por altos e baixos, das montanhas
E que me apertam as entranhas.
Bate-me o vento de frente,
Seja de Sul, ou venha de Norte,
Por quantos sorrisos de gente,
Em desejos de imensa sorte...
Acompanham-me os raios solares,
Guiando-me a novos ares,
Com prenúncio de luar,
Na noite que hei-de achar.
Até lá, seguem-me as aves,
Em caminhos do paraíso,
Portadoras de tais chaves
E na esperança de meu siso...
Por tal, adoro sonhar
E choro, na hora de acordar!

 

( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )
Todos os Direitos de Autor reservados e protegidos nos termos da Lei 50/2004, de 24 de Agosto - Código do Autor. O autor autoriza a partilha deste texto e/ou excertos do mesmo, assim como a imagem inédita, se existente, desde que mantidos nos seus formatos originais e obrigatoriamente mencionada a autoria da obra intelectual.

 

NESSA SUA DANÇA...

Chuva miudinha II.jpg

NESSA SUA DANÇA...

 

Tão meiga, cai de mansinho,
Canta, dança, no meu caminho,
Salpicando-me, nessa sua calma,
Seja triste, ou leda, a minha alma...

 

Nessa cumplicidade de oxigénio
E de mão dada com o hidrogénio,
Acaricia este, talvez sisudo rosto
E que parecendo maldisposto...

 

Mas longe de ser o que parece...
Talvez que só reflectindo na vida
E em quanto que nela acontece!...

 

E tão suave, que demais carinhosa,
Tomba sobre mim, como que perdida,
Cândida e numa perícia tão mimosa...

 

( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )
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INDIGESTÃO DE MISÉRIA

Indigestão Social.jpg

INDIGESTÃO DE MISÉRIA

 

Caminho, como se o corcunda de Notre Dame,
Fixando as estradas e as bermas dos passeios,
Muitas vezes, sem atenção a quem me chame,
Perdido em pensamentos e em meus anseios...

 

Engulo a miséria de quantos passam por mim,
Nalguma certa indigestão que me irá provocar,
Em suores e calafrios, por quantos cruzo assim
E passando, pela cabeça, uma vontade de gritar!

 

Sinto-me curvado, dorido, neste jeito de andar,
Numa postura desanimada e sem qual conforto,
Pois que vejo e demais, almas andando a penar...

 

Saúdo quem me olha, mendigando o necessário,
Como rafeiro perdido, dormindo num tal esgoto,
Seres abandonados e neste mundo tão precário!

 

( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )
Todos os Direitos de Autor reservados e protegidos nos termos da Lei 50/2004, de 24 de Agosto - Código do Autor. O autor autoriza a partilha deste texto e/ou excertos do mesmo, assim como a imagem inédita, se existente, desde que mantidos nos seus formatos originais e obrigatoriamente mencionada a autoria da obra intelectual.

 

MATER E ABENÇOADA

Mater e abençoada.png

MATER E ABENÇOADA

 

Mãe, essa nossa prima morada
E que bem-haja, tal abençoada,
De quantas, toda a mais mater
E, feliz, quem a possa ainda ter...

 

Aconchego, manta, o agasalho,
Sempre lá e pró pior bandalho,
Protecção, tão genuína e pura,
Que no correr da vida perdura...

 

Sol, sombra, sempre presente
E quando que mais necessário,
A mão meiga, noutra ausente...

 

Não é mais e outra festa anual
E que apontada no calendário...
Não o dia, mas a causa formal!

 

( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )
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O IMI ESTÁ À ESPREITA...

IMI.png

O IMI ESTÁ À ESPREITA...


Bom, meus amigos, escravos e subservientes do (des)Governo desta Pátria Lusa, o EMI está aí!...
Dá-me vontade de rir, quando nos é mencionado a possibilidade do pagamento na íntegra, como se tal fosse uma obrigação moral e se o Estado nos ficasse em dívida por isso. Pergunto se há algum benefício, quanto ao valor exequente, ou outro e se, quando o Estado em dívida, também usufruímos de igual tempo de benefício, ou servimos, como carneiros e protectores da dita "dama", quanto ao equilíbrio do Orçamento do Estado?... sim, porque este país é um mar de estúpidos e lambe-botas, idiotas, que seguem os usurários e sem raciocínio próprio!... Por experiência, numa "dívida" e que não me lembro de lhes ter pedido nada, que durou anos, –mais, ou menos, 30!– e tendo chegado a acordo, ao que já me arrependi, fui ameaçado de penhora, mas e no reverso, estou à espera, vai para 2 anos e meio, que seja reembolsado do direito ao funeral da minha mãe e nada... ou seja, o Estado é o pior exemplo de cumprimento e rigor! Assim sendo, pergunto: porque razão e que benefício, em pagar antecipadamente... serei estúpido, ou fazem de mim idiota?!... Fico a pensar, no triste Estado, (des)Governo e país em que vivemos!!!

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