Por nada se entre noutra razão, Seja qual linha da compreensão: Somos uma sociedade proscrita, Iludida, cercados de charlatões, Da Esquerda, Centro, ou Direita, Qual deles o que mais espreita, Caminhando e como escorpiões, Tal perfeita quadrilha, maldita, Dita de democrata, mas fadista, Conversas de vendidos profetas E em nobre encomenda fascista... Somos o engodo, pelas eleições, Assediados por quantos ladrões, Decididos a tanto vago poleiro, À conta do povo e seu dinheiro. São míseros seres e proxenetas E fodendo o povo, como se putas, Espreitando pela mais escuridão, Esquinas, em oferenda da ilusão, Senhores das mais podres facetas E em que a plebe, tal convencida, Já quase sem forças, mas rendida, Alinha, por ruelas da prostituição, Sem retorno, por vias de podridão. Obscuros iluminados, reles eleitos E abençoados por quantos de nós, Que e tão porcos, nos deixam sós, Culpando-nos de quantos defeitos... Filhos de uma irracional e tal puta, Que nem colhões têm para a luta! Neste triste fim, ao fim e ao cabo, Matem-me, mas tenham coragem, Todos... sua sósia de bandidagem!... Mas nunca me queiram ir ao rabo!
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Estes ruídos e sombras, que me perseguem E tanto exaltadas, saídas e não sei de onde, Penumbras, em aviso de perigo e urgência, Pedindo rezas, ou alguma reles penitência, Mensageiros do Inferno e quem se esconde, Na ausência de quem, por certo, os travem... São fantasmas, ogres, bruxas, ou lobisomens, Que correm ao meu encalço e mui decididos, Não de beijos, mas a cobranças convencidos, Árbitros de penhora e sentença dos homens. São, eles, malfeitores duma podre sociedade, As artimanhas de tais cobranças, sem sentido E às quais não ficarei, nem me serei rendido, Prisioneiro destes infernos e feroz ruindade. São trotes e galopes, de bestas dos infernos, Carregados de contas, escritas em cadernos, Por canetas vermelhas e cor do meu sangue, De lutas de vencidos e razão que me zangue... Destapo os ouvidos, removo os escuros óculos E entro no silêncio, na escuridão destes olhos, Tento qualquer leitura de tamanhas sombras E recuso estes ruídos... tais severas manobras.