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CONTAGEM DECRESCENTE

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CONTAGEM DECRESCENTE

 

Eis os convidados que vão cantando,
Eufóricos, na contagem decrescente,
Na separação das passas e comendo,
Repetido ritual e saltos de contente.

 

Lentamente, estamos noutra final...
No findar de mais uma caminhada,
Passeios tortuosos, feitos por cada
E numa esperança de algo especial.

 

Percursos feitos nos trilhos da vida,
Pensamentos e no cansaço de tudo,
Na correria, de alguma despedida
E tanto mais que nos foi esquecido.

 

Deslizamos como peixes, num mar
E na busca de correntes marítimas,
Que nos possam de melhor ajudar,
A algum lugar de águas mais ricas.

 

Estas, porventura, demais poluídas,
Já pouco mais de melhor oferecem
A todos quanto e melhor merecem
A outros e de mais faustosas vidas...

 

Nos dias que seguem, noutra ilusão,
Seguiremos, nos próximos caminhos
De ousada luta, eu e tu, meu irmão,
Umas vezes a par e outras sozinhos.

 

Aos vindouros e constantes desafios,
Sacrifícios a que seremos guardados,
A passos largos e firmes, seguiremos
Por essas estradas, que venceremos...

 

No final, nessa poeirenta encruzilhada,
Olharemos para trás, no vazio do nada
E sem a coragem para gritar que basta,
Ao que foi de oco e deveras madrasta...

 

Somos uma humanidade de frustração,
Gente absorvida à ignorância da razão,
Povo anestesiado no porquê do saber,
Mártires de si, numa espera de morrer.

 

Somos tudo, sabendo que nada somos,
Na mais reles subserviência ao oposto
E, nesse desgosto, fazemos com gosto,
Cuspindo amargos protestos... poucos!

 

Nesta corrida e meras doze barreiras,
Somos campeões, os melhores atletas,
Saltimbancos, no melhor salto à vara,
Todos nos pisam e ninguém nos pára...

 

Cada qual na final, cada um campeão,
Sem olhar pra trás; nada se aprendeu
O que seria de aprender, na confusão
Do ano que findou e já nos esqueceu.

 

A berma, se nada mudares, será igual,
Como tantas outras, à orla da estrada
E em que caminharás no seu matagal,
Se nunca acordares de contos de fada...

 

Caminha, que o tempo é deveras curto
E a estrada é longa, repleta de logros,
Tanto que demais for contra ti o vento,
Mais cercado serás por famintos lobos...

 

Percorre teus caminhos, sem esquecer
A diferença e do que deverias ter feito,
Procurando a mudança nesse teu jeito...
Acredita, a vida é curta e a não perder!

 

Lentamente, chegaremos, acreditando,
Mas sempre e quando demasiado tardio...
Que tudo nos escapou à mão por um fio
E que o melhor caminho se faz andando.

 

Nesses trezentos e sessenta e cinco dias,
Ou nas seis horas que sobram e somam,
Tenta perceber quem és e que não vias,
Aproveitando os momentos que restam.

 

Assim darás todo o valor ao teu passado,
Que nunca reconheceste e tão renegado,
Construindo novos alicerces ao tal futuro,
Sendo agora fruto de colheita e maduro...

 

Retira-o, dessa árvore do paraíso, dádiva
Que nunca quiseste saborear na perdição
E que te foi destinado, na maior devoção,
Como se oferenda das mãos de uma diva.

 

Saboreia-o em todos os locais, momentos,
A que, também tu, tens direito, como ser
E aspirando, nesta passagem, aos alentos
Que tanto anseias, na vontade de vencer.

 

Este foi mais um ano, que chegou ao fim,
Como os demais, tão minúsculo e rápido,
Ao que, neste findar, deixo algo de mim,
... Mas não me sigam, pois ando perdido!

 

Deixo a esperança na paz pelo Universo,
Que a fome e miséria, sejam do passado,
As liberdades sejam obras de bom senso...
Ao que o homem nunca se sinta cansado!

 

( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )

Todos os Direitos de Autor reservados e protegidos nos termos da Lei 50/2004, de 24 de Agosto - Código do Autor. O autor autoriza a partilha deste texto e/ou excertos do mesmo, assim como a imagem inédita, se existente, desde que mantidos nos seus formatos originais e obrigatoriamente mencionada a autoria da obra intelectual.

PERCEBER E ENTENDER

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PERCEBER E ENTENDER

 

Quanto mais te entendo, menos te percebo
E sem compreender, às vezes, o que queres;
Sei que me questionas e mais te interrogas,
Num jogo difícil de manobrar, em lance falso,
Mas também sei que não duvidas o que sou,
Nem mesmo o que quero perceber, sem aval.
Questiono, porque quero o que não me basta,
Pois sou iguaria, sabor refinado no melhor sal,
Escultura singela e esculpida à melhor casta,
Embora nalguma cantaria que de obra sobrou,
Passarela do teu piso no melhor sapato raso,
Sendo estas as minhas merecidas entregas...
E tu, mais que ninguém, bem me percebes,
Minha abelha-mestra da colmeia que lambo.
Questiona-me, que eu faço-me de surdo...
Hoje não te ouço, amanhã sou surdo-mudo.
Talvez um dia, - um dia! -, irei contar-te tudo,
Tudo o que não houver para que possas saber,
Todo o resto já tu sabes e não deves esquecer:
... Sou quem de melhor terás no mundo!
Com toda esta maravilhosa e arrumada razão,
Sou chaveiro, abro portas secretas do coração...
Esta é do meu!
... Posso abrir o teu?

 

( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )

NOITE DE SILÊNCIO

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NOITE DE SILÊNCIO

 

Soam os sinos nesta quadra... E é noite de silêncio!
... Come-se o peru, bacalhau, iguarias, chocolates,
Dão-se prendas sem limite, oiro, joias de quilates,
Trocam-se abraços aos magotes e beijos de sobra;
Tudo é magistral, num perfeito gesto de manobra...
É assim em todo o mundo, neste tempo de alegria,
Para uns existe de tudo e para outros resta agonia.
De Norte a Sul, de mansinho, cai neve, levemente,
Sobre campos luzidios e frios, na sua tranquilidade
E no tempo que dita o momento que tanto apraz...
Lá longe, mesmo muito distante desta ilusória paz,
Noutros cantos do mundo, caem bombas à calada,
Como se fossem oferendas, caindo tão de repente,
Sem perdão, ou compaixão, em suprema crueldade...
Sangram corpos em pedaços, mártires, pela estrada.
Enquanto, para uns, tocam os carrilhões da vaidade,
Para tantos outros, dobram esses sinos da verdade...
Neste trilho da abundância, esquecemos o precipício
Desenhado por tantos e macabra tela de aguarelas
Em noite de paz, nos banhos de sangue e de trevas.

 

( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )

EXCERTOS DE UM FILME

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EXCERTOS DE UM FILME

 

Um dia, vi um filme que me marcou a vida... Era uma descrição de vida real, em que, num ponto qualquer do interior de uma nação, uma criança de 6, ou 7 anos, via um homem a correr atrás de uma mulher, sua companheira, com um pau no ar, tamanho médio, descarregando sobre a mesma, à cabeça e enquanto fugia, meio descalça, ao mesmo tempo que trabalhadores de obras existentes se riam, como se algo existisse de cómico, ou normal, deixando marcas de sangue que iam pingando no cimento, ainda não seco, numa entrada da casa em construção. Chocou-me a presença da criança, assistindo a tamanha crueldade e marcou-me para o resto da vida, porque não consegui esquecer. Isto passava-se num local remoto, na província, antes de se resolverem a ir para a cidade. Seguindo o argumento, montaram-se negócios, enganou-se amigos e principalmente a família, como se tudo fossem rosas e o referido bom coração, homem e esposo, fosse o deus, iludindo tudo e todos, em que o viam como a melhor criatura ao cimo da Terra, ao que ele fazia por tal, tendo conseguido dinheiro que bastasse e uma harmonia familiar fictícia... mas, para a sua família sanguínea, era o senhor e o ideal, pois que desconheciam e nem queriam conhecer a realidade, triste, mas e como aparecia no filme, era a perfeição. A criança, então adulta, emigrou, sendo que regressou e sabendo que na sua ausência a mãe nunca passou, um tanto ou quanto, de uma mártire de trabalho e com poucos , ou nenhuns direitos de felicidade... e a quem a morte buscou primeiro, em sofrimento e sem nunca saber o sentido do prazer da vida, no geral e essencial; ele suicidou-se um mês depois, provavelmente não aguentando os remorsos, pois que era o que dava a entender nos tempos que se seguiram. A família, do qual corria sangue nas veias, achou estranho a forma como foi desenvolvida a cerimónia fúnebre e condenou o descendente, filho, não autorizar missa presente na capela e só no cemitério, decisão tomada à última da hora e sem qualquer sentido, tal como reza a passagem bíblica... Enfim, paz à sua alma. Algo que não entendo, foi a razão pela qual todos os familiares, ou quase, ficaram ofendidos, ao que se designaram protectores da razão não existente e a que nada lhes dizia respeito. Ainda, hoje, penso e vivo tudo o que essa criança observou, nessa tenra idade; mas isso mais ninguém viu, ou alguma vez quis ver, mas condenaram a criança... Essa criança, era eu... e lágrimas não valem de nada, tanto que outros episódios se seguiram e a saga continua pelos mais diversos espaços escondidos deste país, chamado Portugal!

 

( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )

NOITE DE REFLEXÃO

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NOITE DE REFLEXÃO

 

Esta noite tive um sonho... Era noite de Natal!
... Não que eu acredite, ou estime tal,
Mas era noite de paz,
Não havia guerras e as crianças sorriam,
As pessoas eram honestas, sinceras, fazendo o que sentiam;
Cada bomba era doce guloseima que caia
Nos braços de quem as recebia,
Sem medo do inimigo,
Onde todo o animal era amigo,
No melhor do seu capaz.
Era noite de reflexão,
Amor, sentimentos, ternura, compreensão,
Carinho, lucidez na razão,
Balas guardadas em poços de escuridão
E sem rancores no coração...
Bem sei, paradisíaca ilusão!...
Tive este estrambólico sonho,
Surreal, com tamanha certeza,
Tornando-se do mais medonho,
Verdadeira afronta à natureza
E quando acordei de repente...
Caiam bombas, havia ódios e arrogâncias
E o mundo não era utopia;
Havia malvadez nos seres, com todas as suas ganâncias
E nenhuma criança sorria,
Sofriam, com fome à sua frente...
Andavam nus, ou esfarrapados,
Quantos deles violados,
Numa esperança sem futuro,
Neste mundo cruel e duro,
Em que o Sol não é de todos
E a noite é madrasta aos sem-abrigo,
Tendo como tecto o maior perigo,
Como todos os desgraçados...
Esta noite tive um sonho, estúpido, bem sei,
... Mas foi um sonho em que acreditei!
... Era noite de Natividade,
Fantasia, num mundo de desigualdade.



( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )

NESTE MEDO

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NESTE MEDO

 

Não tenho medo do tempo,
Da chuva, mesmo do vento,
Do nevoeiro e seu cinzento,
Do frio, ou da força do calor;
Tenho medo de ti, como ser,
Que me iludes no teu saber
E me arrastas no sofrimento,
Sem ouvires o meu lamento...
Tenho medo do teu rancor!
Sinto essa hipócrita distância
Em que te patenteias na vida,
Neste mundo, que não é teu,
De altivez, na tua arrogância
Cuspindo, de soslaio, a ferida
E quem, na tua culpa, sofreu.
Tenho medo, evidente medo
E vergonha, que tu não tens...
Sinto nojo, quando me vens
Em falinhas mansas de santo,
Embrulhado num reles trapo,
Disfarçando o melhor manto
E que nunca tenhas despido...
Pouco mais és, que um sabujo,
Mais um, neste universo sujo
E agarrado a benzidas crenças,
Em que não vês as diferenças
À tua passagem no mundo...
Bebes o tal sangue de Cristo
Nalgum cálice que não deves,
Tomas a tua hóstia num misto
Do corpo de quem mais feres,
Tu, imaculado santo imundo!...

 

( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )

 

FOLHAS QUE CAEM

Folhas que caem.jpg

FOLHAS QUE CAEM

 

Tombam, matizadas e frontal,
De um modo tão rico, natural,
À passagem do meu caminho;
Caem suaves e tão mansinho,
Enquanto avanço, eu, sozinho,
Caem, ébrias, como o vinho...
Tombam, soltas como a água,
Indefesas a qualquer mágoa,
Cobrindo os prantos do mundo,
No sentimento mais profundo,
De qualquer rio que desagua
Em mares que já não conhece...
Faltam os fados da Madragoa,
Todas as guitarras gemendo
Por um mundo que apodrece.
São folhas, que se desprendem
Das árvores que foram suporte
E agora, condenadas à morte,
Lentamente, tristes, desfalecem
Ao que não conhecem de fundo.
Soltam-se, envoltas num choro,
Por estes campos, onde moro...
São simples folhas que adoro
E que são meu luto, meu soro.
São folhas que tanto adorámos
E no maior desprezo pisamos...
São folhas, restos que sobram,
Coisas velhas que incomodam!

 

( Manuel Nunes Francisco ©® )
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TUAS LÁGRIMAS

Tuas lágrimas.jpg

TUAS LÁGRIMAS

 

Escorrem tuas lágrimas, sobre meu rosto,
Acariciando meus cabelos em sofreguidão,
Águas, feitas lágrimas, agora já mais frias,
Longe das tão quentes do mês de Agosto,
Cálidas, nalguma praia e areias de Verão.
Deslizam, percorrendo todo o meu corpo,
Provocante deslizar e busca do que oculto,
E ofegantes movimentos nesta penumbra
E por entre a qual me escapo, nesta noite...
Tocas a minha superfície tão suavemente,
Caindo sobre mim em teu meigo envolver,
Que me obrigas a escapadelas e sem saber
Por onde mais fugir, nestas noites geladas.
Desabas toda sobre mim, toda de uma vez,
Enquanto me ignoras... pois, nesta sombra
Caminha este teu amante e por excelência,
Que te olha ao alto, abatida e meiga delicia
Satisfazendo meus caprichos de adultério...
Olhando o fundo deste espaço, este campo
Em que me deslizo no meio da noite escura,
Sinto o teu prazer, navegando noutro meu,
Sentidos húmidos, que este tempo segura,
Fazendo reviver o tempo que se esqueceu...
E eis que paro, saboreio os teus contornos,
E passo as mãos entre os cabelos molhados,
Aperto-as, frias, entre as roupas encharcadas,
Seguindo em frente, por estradas molhadas,
Tal que a chuva não deixa de cair sobre mim,
Tantas as súplicas do céu, chorando sem fim,
Pelos pecados mortais sobre este Universo,
Tão difícil de compreender, tão controverso.
É meu esse teu pranto e tanto que o recebo,
Guardo em caixa de cetim, bem perfumada,
Nalgum espaço, deveras secreto, escondido,
Para que alguém, no paraíso que merecias,
Te possa libertar dessa dor que eu percebo
E que alguns não entendem... no seu nada,
No olvidar das culpas e do que cada um fez
Na cegueira, criando, em ti, este cemitério!...
Já tarde, irão querer tuas cicatrizes curadas,
Minha Terra e leito a sangrar de tão ferido,
Elevando as preces ao rubro de qual culto!...
Então, terão eles, num tremendo derramar,
O agro das lágrimas, quando já nada restar.

 

( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )

O CAMINHO DA VIDA

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 O Caminho da Vida


"O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos.
A cobiça envenenou a alma dos homens... levantou no mundo as muralhas do ódios... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e morticínios.
Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria.
Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco.
Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido."


_Charles Spencer Chaplin

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