Conheço esses caminhos nos quais passeias, Essas estradas plenas de pó e teu esconder, Os olhares ao teu redor, enquanto vagueias, Questionando a hipótese de alguém te ver.
Revejo as pedras da estrada, seus recantos, Suas curvas, ervas secas e torradas pelo sol, Essas bermas, desabrochando de encantos, Nessa distância ao ver e tão doirado lençol.
Procuro-me nalgum encontro de tão longe, Deambulando o princípio dessa tua estrada, Em que quanto mais a anseio mais me foge.
Será, nalgum observar das estrelas, à noite, Que mais saudades te tenho, minha amada E poucas palavras saberei às que me afoite.
Com o olhar na distância do desconhecido, Desbravo o infinito em corrida de alcateia, Nesta lupina postura, à liberdade rendido, Farejando à minha volta toda a imensidão, Naquele maravilhoso encontro da solidão. Com o olhar bem alinhado, sigo em frente, Garra sempre pronta para o que der e vier, Ouvidos na busca de inaudível sonoridade, Calculadas pegadas, de forma inteligente E deixo pela vereda o que haja a esquecer. Levo comigo a força de um grupo solidário, A determinação do que sempre tive ideia, Umas vezes sociável, outras no isolamento E tão natural neste tão nobre pensamento; Se tanto o não for, convicta será a vontade Que tantos anseiam, desde a maternidade... Neste meu longo percurso de lobo solitário, Sigo meu trajecto, meu destino e liberdade.
Ah, Mãe! Tu, Mãe Natureza, que me restas, Quantas mais facadas sofrerás, até à morte, Neste percurso de riqueza de tantas bestas E entregue no esquecimento e à tua sorte?
Quantas vezes mais terás que te confrontar, Sozinha, neste abandono e à minha tristeza, A tantos maus-tratos, fraca, no teu sangrar E um tanto farrapo, lúgubre na fria certeza?
Teu corpo, já seco, é prazer na pior violação... Nas veias, tão torturadas, há veneno a correr Que alguém lhes injectou e sem compaixão, Tal foi o seu macabro luxo em ver-te sofrer.
Teus filhos, esses mal-agradecidos abortos, De nada se interessam, na lúdica matança E participativos, na ganância de tão porcos, Cegos no lucro e na futura legada herança.
Resta-te e para teu conforto, a tua vingança No dia em que os receberes nos teus enleios, Mas já tarde para entenderem a indiferença Do que recebem e levaram dos seus anseios.
Tua boca, quando falas, tresanda a fossa, Tanta é a merda que deitas cá para fora, Esquecendo se a tua vontade é a nossa... E tempos atrás não falavas como agora!
Quem és tu, para me falares tanto assim?... Que se nessa cadeira te sentas e me olhas, Me evitas, desprezas, tudo é graças a mim, Pois que foi meu voto que agora exploras!
Quem és tu, que bem vives à minha conta E a que tal te esqueces, na tua ignorância, Que me fazes perder a já pouca paciência?... Que te votas ao desprezo na tua afronta!
Quem pensas tu que és e se nada valendo Te empoleiras nos mais nojentos poleiros, Ignorando quem à tua culpa vai sofrendo, Alimentando essa tua matilha de rafeiros?
Coloca a ti próprio tamanha interrogação, Sabendo, eu, que em nada te vai resolver, Tão óbvia será a lacuna da tua indignação E que continuarás a viver de quem sofrer...
Atenção, boa gente, que vou começar a fazer limpeza, o que me leva a dizer, uma vez mais, o quanto o facebook, não por culpa do sistema, mas porque existem pessoas que não merecem o que lhes dão à mão e que o referido já deveria ter tomado previdências... Simplesmente bloquear a maioria das pessoas! Chega de falhas no sistema, quanto a clonagens, pedidos de amizade e criação de páginas não devidamente identificados, entradas e aderências sem autorização, conversas absurdas e que de nada contribuem para a sociedade, pontos de engate aos mais diversos níveis... CHEGA!!! As pessoas são livres do mais diverso pensamento, desde que o respeitem e respeitem os demais, não utilizando o domínio público, que é de todos, sendo que, em sua casa todos têm os seus direitos, mas não na dos outros... isso é abuso de confiança e liberdade, má educação, falta de inteligência, ignorância e pouco ético. Vou começar a varrer gente, que merece, simplesmente, ficar em casa a ver televisão, nas suas telenovelas, futebol e pouco mais!... Caso surja algum possível lapso da minha parte, quanto a anulação de intervenientes, agradeço pedido de amizade, a fim de ser reanalisado. Bem-hajam e não chateiem, ficando no vosso mundo e não entrando no mundo dos outros, com o que daí advém... Não que isto vá resolver algo, mas lanço um apelo ao Mark Zuckerberg e ao facebook... LIMPEM ESTA GENTE DO SISTEMA!!!
Viva, a Catalunha livre e luta que vive, Abençoado e genuíno berço de nação! Viva, tal gente, que ao jugo sobrevive! Viva, tal férreo, resoluto povo catalão!
Viva, a sua liberdade, independência! Viva, esses caminhos e determinação! Viva, tamanha raça, que na sapiência Busca um final a tão longa usurpação!
Levantem tais foices ao firmamento, Na vossa batalha de sangue e alma, Procurem a força num chamamento, No vigor desse sangue já sem calma.
Proclamem e bem alto, a vossa voz, Num direito a que tanto vos assiste, Rumem em frente, nessa luta atroz, Por de quem nunca à glória desiste.
Catalunha, teu sangue é tua vitória, Ao hastear vitorioso a tua bandeira, Lembrança ao passado com história, Uma língua, cultura da mais cimeira.
Viva, Catalunha sã e independente E caminhos áureos de tal libertação, Sem rodeios, destemida, em frente, Que a vossa luta seja a outros lição!...
Quantas vezes questiono o que é obra?!... Obra, no mais determinado sentimento, É liberdade de expressão que nos sobra E indiscutível arte, sem mais argumento.
Obra, é tudo o que demais superior resta, Por de mais criticada, odiada, que tal seja, Sendo tanto o que de soberbo mais atesta E que mais perfeito, puro, o artista deseja.
Obra, é o mais profético caminho traçado, A quem mais preza a liberdade na solidão, Nalguma esperança e do mais desgraçado, Anotado de louco varrido, nalguma razão.
Todos os obreiros, na sua arte, serão zeros Omissos, à esquerda, como se matemática, Em que o número falará por si nos tempos, Numa mais influente manifestação gráfica.
Obra, será o traço incógnito neste Universo, Num caminho percorrido pelo maior idiota, Perseguido ao seu conceito, de tão adverso, Ao qual, enquanto carne, se fechou a porta.
Obra, será tudo e quanto de mais indistinto, Na terrível incompreensão de tanta loucura, A que ao mais comum dos mortais será mito, Mas que num espaço do tempo será perdura.
Obra, será sempre algo imaginado de novo, Por mais simplista que seja a sua formação, Mais singelo, ou erudito, que seja um povo, Sendo importante o que feito por devoção.
E obra não será só arte figurativa, mas a arte De resistir a tudo e a todos, em pensamento E uma marca no tempo, ficando quem parte, De quem, para a obra, não existiu momento.