NOITES DE OUTONO
NOITES DE OUTONO
Conheço esses caminhos nos quais passeias,
Essas estradas plenas de pó e teu esconder,
Os olhares ao teu redor, enquanto vagueias,
Questionando a hipótese de alguém te ver.
Revejo as pedras da estrada, seus recantos,
Suas curvas, ervas secas e torradas pelo sol,
Essas bermas, desabrochando de encantos,
Nessa distância ao ver e tão doirado lençol.
Procuro-me nalgum encontro de tão longe,
Deambulando o princípio dessa tua estrada,
Em que quanto mais a anseio mais me foge.
Será, nalgum observar das estrelas, à noite,
Que mais saudades te tenho, minha amada
E poucas palavras saberei às que me afoite.
( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )