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EUROPA E A CATALUNHA

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EUROPA E A CATALUNHA

 

Na última semana, não que me diga respeito, ou aos portugueses em geral, tenho pensado e reflectido, sobre o caso da Catalunha, quanto ao seu, ou não, direito à independência, livre e soberana. Não sou historiador, nem a tal título, mas e historicamente, o assunto perante a Europa, - leia-se, interesses de alguns e estupidez de outros! -, cai no esquecimento da longevidade, de quem foi anexado, com língua própria e cultura, no pretérito do tempo... Assim, talvez que o receio se estenda a que, a Inglaterra e como não poderia ser algo diferente, vem logo apoiar o Governo Central Espanhol, pois que tem telhados de vidro quanto à Irlanda, à Escócia e País de Gales, muito principalmente e isso é o mais grave, o imbróglio com Gibraltar, não vá Espanha azedar. Espanha tem os diversos e iguais problemas com o País Basco e Galiza, assim como Ceuta, no que diz respeito a Marrocos, pior ainda no que se refere a Olivença e pelo qual questiono se tivesse sido Portugal a manter anexado esta vila e seu território adjacente, qual a posição que Madrid já teria tomado... e certamente! Pelo contrário, como não poderia deixar de ser, ao bom temperamento português, a República mantêm-se calma e serena, lambendo o país que lhe cospe em cima, nem tampouco respeitando o Tratado de Viena de Áustria, formulado duas vezes, se não estou em erro, quanto à legítima devolução dessa terra, genuinamente lusa e que nunca aconteceu, desrespeitando o imposto e declarado na obrigação desse mesmo, tal como o compromisso assumido. Mas a Europa, nos interesses que lhes são propícios, apoia, até porque esquece o que tem defendido quanto à Crimeia, não esquecendo a questão da Alemanha quanto a um ou outro país vizinho, isto para já não falar dos semelhantes problemas internos de Itália. Quanto à França, o eterno assunto de Alsácia-Lorena com a sua ocupação mantida, - com que direito devemos perguntar!? -, não esquecendo as disputas independentistas referente à ilha de Córsega... E a Bélgica!? A questão de soberania quanto à ilha de Chipre, é o que se sabe, ou querem-nos fazer saber. Todos os países de leste foram desmembrados e com a razão de terem sido constituídos na sua formação pela anexação de outros e o velho continente aprovou, defendeu e com toda a legitimidade... Agora, quanto ao direito catalão, onde paira essa mesma razão e legitimidade, pergunto eu, simples leigo!? De facto, mais uma vez, a Europa provou andar a duas velocidades e a reboque de alguns, queimando outros... A história foi e sempre será, escrita pelos vencedores. Assim, como não poderia deixar de ser, na figura de mero leigo, vou continuar a pensar e melhor reflectir!!!

O MEU SILÊNCIO

O meu silêncio.jpg 

O MEU SILÊNCIO

 

Sempre que eu diga não,
Será melhor não insistires...
É essa a minha decisão
E o melhor será partires.

 

Enquanto te afastares,
Olha sempre para trás,
Olha nos meus olhares,
No silêncio que deixarás.

 

Sabes que partes comigo,
Só quero algum silêncio...
Serei mais que teu amigo
E nunca te renuncio.

 

Hoje será tanto assim,
Amanhã será diferente...
E quero-te perto de mim,
Noutro beijo tão ardente.

 

Agora quero que partas…
Que partas, só por momentos!
... Quero saber que regressas
Ao calor destes teus braços.

 

Sabes que estou só cansado
E que não te quero perder...
Serei sempre o teu amado,
Meu amor, podes crer!

 

Agora deixa-me, neste meu canto,
Sonhar com o teu regresso...
Deixa-me viver este encanto
E que a ti o confesso.

 

Abraça-me mais uma vez,
Quero sentir-te mais forte,
Saber que o que a gente fez
Foi amor da melhor sorte...

 

( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )

ESTA PASSAGEM II

Esta passagem II.jpg

ESTA PASSAGEM II

 

A vida é uma passagem,
Em núpcias com a ilusão,
De todas, a melhor mensagem
No meio desta confusão.
É a procura do concreto,
Nas incertezas do absoluto
E redigido por decreto,
Num princípio resoluto.
A vida é frescura matinal,
Teia de aranha em orvalho,
É frio, sopro de vento frontal
Em esfarrapado agasalho...
Estimulante traço madrigal,
Estrofe construída sem rima
E inacabada obra universal...
Gente que nos passa por cima!
... Eu sou filho do Universo,
Passageiro deste mundo,
À Natureza me confesso
Como devoto profundo...
E é este o meu caminho
Nesta passagem da vida,
Num percurso tão sozinho,
Numa incógnita despedida.
Tanta não terei nesta razão,
Pois que cada um terá a sua,
Mas é enferma a solução
Desta certeza nua e crua...

 

( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )

LUZES E SOMBRAS

Luzes e sombras.jpg 

LUZES E SOMBRAS

 

Sigo o meu caminho e confiante,
Com a luz ao fundo, no distante,
Certas vezes nas sombras da luz,
Ou sombra que a própria produz.
É preciso continuar, num destino
Que reclama nas suas incógnitas,
Tantas vezes um tanto com tino,
Outras porém sobre pedras soltas,
Tais em que tropeço nesse escuro,
Ou demasiada luz que encandeia
No luzidio tão poeirento traçado,
Em que ninguém esperança semeia,
Pó na goela de algum desgraçado
E na vontade do grito... do tal urro!
Entretanto, sigo calmo e sussurro
No meu silêncio, próprio de burro,
Que todos nos vamos habituando
E sem rumo nos vamos afogando...
Poderá minha opinião ser um erro,
A minha escrita demasiado singela,
Em minhas palavras de tão sincero,
O poeta, chamado de meia-tigela,
Mas nunca serei ilusão, o desespero
Nesse teu pântano, que não quero.
Serei tudo, no meio deste turbilhão,
Tudo, neste espaço de proxenetas!...
Serei alvo de confrontos à tua mão
E das tuas desumanas travessuras,
Objecto desta casa de prostituição,
Filho da puta, quem sabe, cabrão
Colocando os cornos na tua cabeça,
Pois não sou corno que obedeça!...
Nesta escuridão, sigo este caminho
E hei-de chegar... tão de mansinho!

 

( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )

REVOLTA DE PALHAÇO

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REVOLTA DE PALHAÇO

 

É nesta revolta que busco alimento,
Neste crescente ódio, meu cansaço,
Nesta fossa e como bomba rebento,
Farto desta mera figura de palhaço.

 

Triste país, enfermo e pobre na cura,
Em que seus filhos, imagens de cera,
Atulhados na merda e até à cintura,
Seguem, zombies, pra boca da fera.

 

Eu, arlequim, mas endiabrada figura,
Cuspo a cara de quem mais travesso,
Não quero ser pedra que a água fura,
Cagando em cima de qual arremesso.

 

Mas outros, os outros mais palhaços
E que fazem das mais tristes figuras,
Manhosas e articuladas marionetas,
Essas vivem de sorrisos e abraços!...

 

Cobras-cuspideiras, que nos iludem
E tal lançam o seu veneno de longe,
Numa tentativa em que se escapem
Ao disfarce e suas vestes de monge.

 

Seres rastejantes, que se profetizam,
Considerando-se donos do Universo
E nos seus sermões se ridicularizam,
Como bonifrates sem jeito confesso.

 

Nestes meus traços, faço jus à razão,
A quanto desprezo, nojo lhes tenho,
Como carcereiro os metia na prisão,
Tal o ódio cinzelado de onde venho...

 

( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )

NESTA REVOLTA...

Nesta revolta.jpg

NESTA REVOLTA...

 

Já todos devem ter percebido da revolta e o ódio, que me andam a consumir, não só por mim, mas por tudo o que anda à nossa volta. Nesta revolta, dou-me ao luxo da afirmação de que, relativamente ao que seria necessário, nem dez Che Guevara chegariam para a justiça, fuzilamento, da maioria que nos anda a sugar o sangue, desmembrar a seu bel-prazer, auto-rotulados de senhores daquilo que não são, mas que o conseguem devido à passividade de um povo que, de há muito, anda adormecido. Não acredito em Deus, pelo simples facto de que, se Tal houvesse, a grande maioria das pessoas já teria sido banida da superfície terreste e Tomado providência para que esta merda de mundo não andasse como anda, tudo isto na Sua divina justiça e castigo ao prevaricador... A Esse Filho da puta, como muitas vezes lhe chamo, sem medo, porque e se Ele existisse, iria ficar sentado à Sua direita, aquando da Sua chamada, por direito das minhas verdades, humanismo e que, Ele, como Ser superior, inteligente e digno na Sua justiça, reconheceria a minha razão, peço que e a tal Justiça, todos os que envolvidos em processos ao meu semelhantes, aspirantes a chefes de gabinete, sôfregos na apresentação de trabalho, vasculhando processos que nem ratazanas, sem olhar a meios para atingir fins, lambe-botas das botas que os hão-de espezinhar, aquilo ao que de mim exigem, nas suas certezas infundadas, nos sistemas usurários que defendem, que dez vezes desse mesmo valor não lhes chegue para pagamento na farmácia e hospitais, para tais e todos os demais queridos, assim como não chegue para pagamento do funeral a que nem o direito deveriam ter, a não ser em terra profanada... Ao contrário do que se possa imaginar, não estou a morrer de fome, mas sinto os meus direitos, numa Pátria doente e sem valores, muito menos sociais, só com deveres e sem direitos, com os mesmos sempre a engordar cada vez mais. Peço a Deus e ao Diabo, que justiça seja feita e que todos os envolvidos nem no Inferno tenha entrada e, até lá, sossego nesta terra à qual não têm direito... Após as suas mortes, que ardam nas chamas do Inferno e que todos os seus descendentes sofram na pele aquilo que desejam aos seus semelhantes!!!... A estas palavras e pensamentos me obrigaram e com elas morrerei, por muitos anos que me restem! Que a minha profecia lhes seja justiça...

ESTADO, PESSOA DE BEM...

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ESTADO, PESSOA DE BEM...

 

O Estado não é, nem nunca foi uma pessoa de bem!... O Estado, subentenda-se, somos todos nós, singelos carneiros, - perdoem-me a expressão! -, enquanto eles, o tal Estado, não mais são que nossos representantes, escolhidos às urnas eleitorais, assalariados por todos nós, - e bem! -, para o desempenho das suas supostas funções, o que não sucede e cada vez mais, mas que se auto-designam donos de tudo e de todos, por nossa culpa e patrocínio. O Estado é aquele que menos cumpre os contratos que sela com os demais, veja-se o caso da Segurança Social, em que, anos lá para trás, assinou determinados contratos com os de então trabalhadores, quanto à reforma em determinado tempo das suas vidas, com X% de determinado valor do ordenado, da mesma forma como cobrou e que vai alterando consoante lhe vai dando mais jeito às contas de estado... Quanto a mim, que sou demasiado estúpido, mas não considerado burro, o correcto seria cumprir esse contrato celebrado entre duas partes, - sim, porque um contrato é sempre entre duas partes! - e que, para gerações vindouras, houvesse novos contratos parte-a-parte, consoante a necessidade a determinada época e circunstâncias, o mesmo, mas de molde diferente, se deveria passar com trabalhadores independentes, não sendo o valor a pagar por imposição, mas por percentagem de rendimento e quando existente mensalmente; assim seria socialmente justo e compreensível... No entanto e para salvaguardar o fundo ao tacho, vai-se andando ao sabor dos ventos e favoráveis aos interesses desse dito Estado. Assim, somos e seremos, um Estado em que não somos Estado, mas cordeiros aos dentes de lobos esfomeados... Somos animais a abater, seguindo em fila para o matadouro e serenos, sem direitos, mas com demasiados deveres. A justiça, é o que todos conhecemos, servida ao capital dos mais fortes e poderosos, enquanto a educação se resume, cada vez mais, ao sector particular, propriedade de conhecidos senhores e que, quem não lhe tenha acesso, tão-pouco terá na sua procura profissional, por vias directas de currículo, alguma hipótese de futuro, salvo raras excepções. No respeitante ao apoio hospitalar, em geral, nem faço comentários, tantos são os interesses do privado, pensando que cada um deverá falar por si e sobejamente conhecimento de todos. Esse mesmo Estado Parlamentar, guerreia entre si, numa feroz luta pelo poder absoluto, estendendo-se a todos os mais variantes sectores... É isto um Estado de bem!?... Deixo em aberto e em análise a cada um dos portugueses, para que me desenganem do tão óbvio!...

POBRES DOS ABASTADOS

 

Pobres dos abastados.jpg

POBRES DOS ABASTADOS

 

Pobres dos abastados que não pensarem,
No pensamento que não existem pobres,
Quantas pessoas de tão famintas existem
E só porque tais vivem de barriga cheia...
Ao pensarem, sem pensar, que são lordes,
Esquecendo o tanto da desgraça alheia.
Pobres mentecaptas, aberrações da certeza
De tudo e quanto circunda à sua volta,
Atrofiados nos insultos da sua riqueza,
Sustentados por neurónios em fase morta.
Pobres e de tão pobres ignoram a sua pobreza,
Deambulando por vidas de incerteza...
Comem do bom e muito mais do melhor,
Limpam os beiços a guardanapos da melhor pasta,
Esquecendo que cagam de igual e da mesma cor
E limpam o traseiro do que a ninguém faz falta...
De tanta merda que fazem,
Tantas vezes sem saberem o que pensam e dizem,
Assim vão cavando a sua própria sepultura,
Pois que tais colheitas serão fruto de pouca dura...

 

( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )

A CLASSE POLÍTICA

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A CLASSE POLÍTICA

 

Dizia o meu falecido pai, homem sem entrada na escola primária, mas não analfabeto, tão-pouco burro, que a classe política tinha duas vertentes, designadamente oposição vs poleiro e em que os identificava do seguinte modo: Enquanto oposição, autênticos cães raivosos e os sentados na cadeirinha autênticas mulheres da vida, ao que ele utilizava outra expressão, - com todo o respeito pelas mencionadas e tal da minha parte! -, em que tudo faziam para adocicar e convencer os seus clientes, com palavras mansas e meigas, convincentes, pelo que entendo, cada vez mais, a razão do seu contexto. Considerando e reflectindo, se alguns cães aparecem mortos à berma da estrada, foi porque foram, na maioria, abandonados pelos donos e infelizmente, depois de barriga cheia, tentaram, ou conseguiram, morder naquele que lhes encheu a pança e o mesmo se passa com a referida classe supra mencionada. Por outro lado, os poleiros vão ficando, cada vez mais cagados, cheios de merda por todos o lados. Vivemos num mundo verdadeiramente cão e cujos será já tempo de morrerem à fome... Dá que pensar nas palavras descritas por alguém que nunca entrou numa escola! Pensem nisto...


( Manuel Nunes Francisco ©® )
( Imagem da net )

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