Não que seja de maior importância para o futebol, mas penso relevante, a Selecção Nacional aprender a letra de "A Portuguesa", designada por "Hino Nacional", isto porque se ouve e lê nos lábios, enquanto cantam, a referência errónea de "... que hão-de guiar-te à vitória!", o que não consta na poesia de Henrique Lopes de Mendonça, pois que tal verso se refere à "... VOZ/ Dos teus egrégios avós,/Que há-de guiar-te à vitória!" e não aos avós. Tenho visto e ouvido, tamanho erro, em reportagens televisivas e publicamente, mesmo por políticos dos mais conceituados da nação, o que ainda é mais grave e que penso ser uma ofensa à Bandeira Nacional... Assim sendo, vamos todos aprender esta tão maravilhosa letra e, já agora, com o poema na íntegra:
A Portuguesa (Hino Nacional Português)
Música: Alfredo Keil Letra: Henrique Lopes de Mendonça
Heróis do mar, nobre povo, Nação valente, imortal, Levantai hoje de novo O esplendor de Portugal! Entre as brumas da memória, Ó Pátria sente-se a voz Dos teus egrégios avós, Que há-de guiar-te à vitória!
Às armas, às armas! Sobre a terra, sobre o mar, Às armas, às armas! Pela Pátria lutar Contra os canhões marchar, marchar!
Desfralda a invicta Bandeira, À luz viva do teu céu! Brade a Europa à terra inteira: Portugal não pereceu Beija o solo teu jucundo O Oceano, a rugir d'amor, E teu braço vencedor Deu mundos novos ao Mundo!
Às armas, às armas! Sobre a terra, sobre o mar, Às armas, às armas! Pela Pátria lutar Contra os canhões marchar, marchar!
Saudai o Sol que desponta Sobre um ridente porvir; Seja o eco de uma afronta O sinal do ressurgir. Raios dessa aurora forte São como beijos de mãe, Que nos guardam, nos sustêm, Contra as injúrias da sorte.
Às armas, às armas! Sobre a terra, sobre o mar, Às armas, às armas! Pela Pátria lutar Contra os canhões marchar, marchar!
Choram minhas lágrimas, meus olhos Que noutros tempos te percorreram, Campos e serras, que outrora tanto vi E agora vejo de luto, nessas tuas cinzas; Pinheirais, essas distâncias em que vivi E circundavam a escola que me ensinou Parte daquilo que hoje tão pouco sei... Mas que recordo esse pó que caminhei, Calor que senti e nunca me derrubou. Lembro-me daquele tempo, momentos Em que, no luto da noite, serras ardiam Ao longe, vividos infernos de labaredas Aos meus olhos de criança e inocência... E, pensando que tudo tinha observado, Afinal tudo me tinha passado ao lado E que tal obra dantesca estaria para vir, Em que, de morte, o Diabo se veio servir... Que os servos que te serviram de pasto, Alimentem a tua morte e por arrasto... E que no reino dos vivos e da esperança, Se invoque o perdão de tal lembrança E o futuro seja paz em efervescência...
MEUS AMIGOS, NESTE PERÍODO DE FÉRIAS E REFLEXÃO, CHEGOU O TEMPO DE PENSAREM NA RAZÃO PELA QUAL ME SEGUEM, ACEITARAM E CONVIDARAM COMO AMIGO... ASSIM SENDO, AGRADEÇO A TODOS OS POSSÍVEIS ARREPENDIDOS, QUE ME BLOQUEIEM, DEIXANDO, ASSIM, DE ME SEGUIR, SENDO UM GRANDE FAVOR QUE ME FAZEM E, TALVEZ, AOS DESIGNADOS. SOMOS AMIGOS VIRTUAIS, SIM, MAS AMIGOS... QUEM NÃO ESTIVER BEM, QUE SE MUDE, QUE NÃO FAZ FALTA; ESTOU FARTO DE HIPOCRISIAS, ESTUPIDEZ, FALTA DE SENSO E IMORALIDADE! PASSEM BEM... BEIJINHOS NO SÍTIO DO COSTUME! BOM FIM-DE-SEMANA E DIVIRTAM-SE...
Eis que se elevam os filhos da nação, de novo, Como se de uma operação cirúrgica, este povo, Tentando a garra do seu muito ilustre passado, Que, de muito, era sangue bem encaminhado.
Talvez que os ventos outros sopros mudaram, Alimentando novos caminhos que se usaram, Geringonças acusadas de tanta nova desgraça, Mas que outros sentidos deram por sua graça.
Eis a força de esperanças que nos alimentam, Outras cinzas de fogueira que nos sustentam, Espalhadas por campos que darão seus frutos.
Levantem, pois e bem alto, o rubro dessa voz E que estas águas no seu leito sejam nova foz, Em calmos oceanos, sem duvidosos espantos.
Somos os filhos do tempo, Passageiros deste Universo, Perdidos neste momento, Enteados de um advento, Num mundo tão adverso... Somos tudo, até o inverso; Falha de rima num verso. Somos singela passagem, Ponte pra outra margem, Tamanha fuga à confusão, Em que o destino é ladrão, Mero sonho de um olimpo. Correndo, mas tão parados, Na ilusão de tudo alcançar, Eis-nos a dormir acordados, Nesta música e sem dançar, Num palco de apalermados. Somos o intelecto charlatão, Que não mergulha na razão, Subestimando essa verdade, Sem qualquer dó, ou piedade... Somos neurónios queimados. Ai, errónea, pobre humanidade, ... Tantas guerras, tantos ódios! … Convencidos nesta vaidade, Nada vemos, de tão veemente E, sem acordar dos primórdios, Narcisistas... tão simplesmente!