ESTE ANO, 2017...

BOM ANO 2017...

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EM 2017, SEJAM DIFERENTES... PROCUREM SER O QUE VERDADEIRAMENTE GOSTARIAM, TENHAM IDEAIS, SEJAM ÚNICOS, SINCEROS, HUMILDES, OLHANDO O VOSSO SEMELHANTE, INDEPENDENTE DA COR, RAÇA, RELIGIÃO, OPÇÃO POLÍTICA, OU SEXUAL, LUTANDO POR TUDO AO QUAL TÊM DIREITO, SEM SE REBAIXAREM AOS INTERESSES DAQUELES QUE VOS TENTAM DOMINAR E LAVAR A MENTE, COMPRAR, COMO SE FOSSEM SIMPLES OBJECTOS... SEJAM FIEIS A VÓS PRÓPRIOS, POIS SÓ ASSIM ENCONTRARÃO A PAZ... BOM ANO, A TODO O MUNDO!

DESPEDIDA

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DESPEDIDA

Neste triste e frio romper da madrugada,
Dorida e inesquecível manhã de Dezembro,
Partiste, na serena calma, sem dizer nada,
Sem tampouco te despedires de ninguém,
Numa tão ingratidão que nem me lembro...
Que sejas feliz, nesta longa e nova viagem,
Sendo que, de ti, me restará a tua imagem
E sabes o quanto valeu a pena conhecer-te,
Nesse espaço da serrania em que nasceste
E, vezes, impaciente, me aturaste, menino
Que era, naquele feitio, sempre traquino;
Mas lá seguimos lado a lado, nuns arrufos,
Como se nada importasse... feitos putos
E, o que me negavas, de seguida me davas,
Sabendo que gostavas de mim, me amavas.
Neste abandono, eu perdoo-te, podes crer,
Pois que te foste serenamente, sem sofrer,
Na busca do teu destino, tua merecida paz,
Essa paz que só conseguiste nesse teu além
E que, neste mundo, tanto mais mereceste;
Assim confesso o que de melhor sou capaz:
Obrigado por tudo, minha mãe... Amo-te!

( Manuel Nunes Francisco ©® )

ALEPPO

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ALEPPO

Aleppo, bala perdida no peito,
Fúnebre festa do teu destino,
Abandonada a qualquer feito,
Em tristes lágrimas de menino;
Nessas tuas tão negras nuvens,
Que te cobrem de sofrimento,
Mortificação desses teus jovens,
Não há tréguas, nem lamento,
Palavras que alguém sustente,
Razões que de sangue cobrem,
O assassínio de tanta gente...
Por muito que os sinos dobrem,
Tudo se passa ao esquecimento,
Na caminhada do teu deserto,
No longo martírio da tua sorte
E no espreitar da tua morte...

( Manuel Nunes Francisco ©® )

EGOÍSMO

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EGOÍSMO

Numa trágica e egoísta conjugação de verbos,
Ironicamente na primeira pessoa do singular,
Mostra-se verdadeiramente ser quem somos:
Hipócritas, imbecis, avaros e sem volta a dar.

Acreditamos ser humanos, neste ser assim,
Sempre dizendo: eu, ou simplesmente: nós,
Sendo que o verbo fala sempre só de mim,
Sem nunca soletrarmos o outro tempo: vós.

E lá nos vamos convencendo em lágrimas,
Mesmo sabendo que sejam de crocodilo,
Criando mágicos efeitos e de pura ilusão.

É tão lindo, por um dia, sermos vedetas,
Num qualquer filme de idosos, num asilo,
Estrelas gratuitas, em canal de televisão.

( Manuel Nunes Francisco ©® )

OLIVENÇA

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OLIVENÇA

Ó, Olivença perdida, em ignóbil tratado,
Fértil desejo pátrio que nunca se vence,
Nesse recanto, à estranja abandonado...
Tu, que sendo tão portuguesa e genuína,
Hasteia a nobre bandeira que te pertence,
Esse verde e rubro, a alma que te domina,
No mais pleno direito à tua lusa soberania,
Deixa que este magnânimo povo te proteja,
Dessa tua tão pródiga e ilegítima viagem.
Busca no mais adverso passado da história,
A oculta verdade desta singela mensagem
E, nos muitos momentos de maior glória,
Encontra a razão para novas de euforia...
Alimenta-te no sangue de quem te veja,
Mais que um pouco de terra à tua imagem
... E renega-te a toda e outra vassalagem!

( Manuel Nunes Francisco ©® )

QUERER E NÃO SER

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QUERER E NÃO SER

Nesta minha possível dicotomia,
Embrulhada em alguma sisudez,
Numa lúcida nudez de palavras
E domínio de enorme sensatez,
Encontro na hipocrisia de outros,
Sem princípios, varridos na ideia
E na força do discurso de falaças,
Uma desvairada onda de loucos.
Busco na dúvida da minha razão,
Em tudo quanto possa encontrar,
O quanto concreto de uma lição,
Sabedoria que possa doutorar...
Quero-me dotado de alquimia,
Em encontrada pedra filosofal,
Descoberta ciência da panaceia,
Esotérica penumbra de castiçal,
Filosofia da mais perfeita nata,
Matemática, na sua eminência,
Íntegra fonte de inteligência;
Ser gravura talhada em prata,
Perfeita prosa, verso que mata,
Sinfonia tocada em catedral,
Profética luz, arco-íris divinal
E quero acreditar nos poetas,
Nas rimas e nos seus sonhos,
Na real filosofia dos patetas,
Nos protestos de gargantas,
Daqueles que ficam roucos,
Em manifestos de revolta,
Num gritar até às tantas...

( Manuel Nunes Francisco ©® )

AO "SEXTA ÀS 9"... Continuando!

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AO "SEXTA ÀS 9"... Continuando!

Pelos inícios do ano, questionei uma situação, que considero de grande risco: Quem já se interrogou, quantas vezes e em quantos locais, ao conduzir por essas estradas e autoestradas, à nossa volta alguém transporta, na sua bagageira, uma, se não duas, garrafas de gás!?... -Pois é!-, com que perigo, pelas suas características e falta de segurança, em caso de acidente, sendo que, muitas das vezes, esses mesmos veículos e por necessidades particulares, acabam no estacionamento de qualquer parque subterrâneo... Tanto quanto sabemos, por razões óbvias, todo e qualquer veículo movido por combustível GPL, está proibido de seu estacionamento nestes espaços; sendo assim, porque se vende e autoriza o seu carregamento e consequente transporte, pondo em perigo o bem material e a integridade física do seu condutor e acompanhantes, assim como os demais!? Mais que uma vez, estando sentado à entrada de um determinado espaço comercial, dita grande superfície, me deparei com esta absurda situação, ouvindo, inclusive e o que mais me alertou à questão, a troca de comentários "agora vamos a tal lado, -outro C. Comercial-,... mas, olha, estacionamos lá em baixo!", com duas garrafas no porta-bagagens, acabadas de carregar e arrumadas de qualquer maneira... E foi este alerta pelo qual contactei o "Sexta às 9", meses passados; o restante, já vocês conhecem... QUESTIONEM E QUESTIONEM-SE!!

Manuel Nunes Francisco - francisfotodigital@hotmail.com - 966280025

AO "SEXTA ÀS 9"

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 AO "SEXTA ÀS 9"

É lamentável, tudo aquilo que se passa com o jornalismo, os média em geral, neste país de arrotos... Todos andam a reboque da popularidade, dos interesses e da classe política. Que se veja os exemplos do tipo de debates, por quem, para quem, a que horas e com quem, o mesmo servindo para reportagens passadas; caso existam dúvidas, há mais ou menos oito meses que contactei o "Sexta às 9", ao que me foi pedido, antes das férias, para o voltar a fazer após as mesmas e que o fiz... Até esta data, 6.12.2016, nada! Esta revolta deve-se a que, esta madrugada, voltei a ver e ouvir, na RTP3, outra palhaçada de comentário, referente a uma publicação jornalística, quanto ao encerramento de seis lares de idosos, ilegais, em Portugal... Pura palhaçada e, se me for dada a possibilidade, direi o porquê! Note-se que não é só o "Sexta às 9", nem a RTP!... Brevemente, farei publicação de uma cópia deste exposto, nas Redes Sociais, só como alerta às opiniões públicas. Bem-haja.

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SÃO DOIS

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SÃO DOIS

São dois e tão inocentes pardais,
Cujo acolhimento me pediram...
Embora diga que não quero mais,
Lá vinham na gaiola, os coitados,
Ao canto, muito aconchegados;
Um vivaço, o outro meio doente
De uma asa, um tanto ferido...
Era certo que não iria dizer não!
Traziam medo do bicho humano,
Aquele medo de ser maltratado...
Mas, finalmente, lá descansaram,
... Com a protecção de um pano.
Depois e assim que os libertar,
Partirei com eles no meu olhar,
Seja para onde quer que vão,
Naquela procura do diferente...

( Manuel Nunes Francisco ©® )